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Cotada para a Caixa sob Lula fez caravana com Michelle pela reeleição de Bolsonaro

Ex-deputada, Margarete Coelho esteve ao lado de bolsonaristas como Damares Alves e Silvia Waiãpi

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Incensada pelo centrão como um possível nome para presidir a Caixa Econômica Federal no governo Lula, a ex-deputada federal Margarete Coelho fez campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e chegou a integrar caravanas encabeçadas por Michelle Bolsonaro, então primeira-dama, em 2022.

Em registros de comícios compartilhados por aliadas do ex-mandatário, Coelho pode ser vista ao lado de nomes como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP), investigada por participação nos ataques de 8 de janeiro.

A então deputada federal Margarete Coelho se reúne com Michelle Bolsonaro, Damares Alves, Silvia Waiãpi e Celina Leão - @damaresalvesoficial1 no Instagram

Elas estiveram juntas durante eventos eleitorais realizados no Norte do país, já no segundo turno. Em algumas das fotografias, Coelho veste camisas com a inscrição "Mulheres com Bolsonaro 22". Os registros, no entanto, não constam em seu próprio perfil do Instagram.

"Semana passada, eu e Michele estivemos algumas vezes juntas e com algumas parlamentares, mas ontem conseguimos reunir um grupo maior para orar, sonhar e planejar nosso futuro juntas", escreveu a ex-ministra e senadora Damares Alves, em publicação datada de 8 de novembro, após as eleições.

"A partir do próximo ano vamos ocupar espaços diferentes, mas queremos caminhar juntas na defesa da vida e da família", afirmou ainda. Na imagem que acompanha a legenda, a ex-deputada aparece sorridente, sentada à direita de Michelle Bolsonaro.

Em outra publicação, a deputada federal Silvia Waiãpi reproduz a inscrição "Mulheres com Bolsonaro" e diz que o país precisa delas. "Escutamos o 'chamado' e fomos para o front de batalha'", escreveu. Na foto, feita dentro de uma van, Coelho também está reunida com Michelle e Damares.

O nome de Margarete Coelho, que é filiada ao PP, passou a ser considerado pelo centrão diante da repercussão negativa de que o Planalto reduziria o número de mulheres na Esplanada dos Ministérios para acomodar representantes do grupo político.

Como mostrou a Folha, a ala política do governo Lula pretende valorizar o passe da estrutura da Caixa nas negociações. Integrantes do Palácio do Planalto argumentam que o banco é um órgão de elevado orçamento e alta capilaridade, o que atende a demandas políticas de líderes da Câmara dos Deputados.

Coelho disputou a reeleição como deputada federal no ano passado, mas recebeu apenas 76.159 votos e foi alçada à posição de suplente. No início deste ano, ela assumiu a diretoria de administração e finanças do Sebrae, órgão de suporte a micro e pequenas empresas do Sistema S.

A ex-parlamentar foi procurada nesta terça-feira (25) pela coluna, mas não respondeu até a publicação deste texto.


À MESA

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), debateu os rumos da reforma tributária em almoço organizado pelo grupo Lide, criado pelo ex-governador de São Paulo João Doria. O presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, compareceu ao evento, realizado na segunda (24), no hotel Palácio Tangará, em São Paulo. O empresário Washington Cinel, do grupo Gocil, e o presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), João Galassi, também marcaram presença.

com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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