O ex-secretario de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten saiu em defesa do tenente-coronel do Exército Mauro Cid nesta terça-feira (11), dia em que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsoanro (PL) presta depoimento CPI do 8 de janeiro, em andamento no Congresso Nacional.
Um dos auxiliares mais próximos de Bolsonaro, Wajngarten protesta contra o fato de Cid estar preso desde maio. "Sou pai de três meninas, assim como o tenente-coronel Mauro Cid", diz o ex-secretário à coluna.
"Hoje completa 70 dias que ele está preso, sem nenhuma razão que fundamente sua prisão preventiva, providência extrema e que teve o parecer expressamente contrário da PGR [Procuradoria-Geral da República] —que, ademais, opinou pela revogação da prisão", segue.
Wajngarten ainda afirma que, até o momento, não há nenhuma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) formalizando uma acusação contra o ex-ajudante de ordens da Presidência, o que estaria impedindo a sua defesa no caso.
"Para que todos compreendam, trata-se de prender alguém e jogar a chave fora", finaliza o ex-secretário.
Cid está preso desde maio pelas suspeitas em torno da falsificação do cartão de vacinação dele, da esposa, da filha mais nova de Bolsonaro e do próprio ex-presidente.
Mesmo tendo sido convocado pela CPI do 8/1 para falar sobre o conteúdo golpista de mensagens trocadas após a vitória de Lula —sobretudo com o coronel do Exército Jean Lawand Júnior, que prestou depoimento no mês passado—, Cid pode ser alvo de questionamentos que vão desde as joias trazidas da Arábia Saudita até as compras da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
No final do governo, o militar chegou a enviar um integrante da ajudância de ordens para o aeroporto de Guarulhos em busca dos presentes apreendidos pela Receita Federal em 2021.
Cid também pode ser questionado sobre as transações suspeitas descobertas pela Polícia Federal a partir de sua quebra de sigilo telemático e bancário.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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