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Suposta gravidez de Suzane von Richthofen faz editora pausar impressão de livro

Ullisses Campbell diz ter recebido a informação de duas pessoas próximas da mulher; procuradas, assistente e advogada afirmam desconhecer a gestação

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A Matrix Editora pausou as impressões de uma reedição da biografia Suzane von Richthofen, 39, após seu autor, Ullisses Campbell, afirmar que ela pode estar grávida de seu primeiro filho. A informação teria sido confirmada a ele por duas pessoas próximas da mulher, que chocou o país ao assassinar os pais em 2002.

De acordo com Campbell, que assina a biografia "Suzane: Assassina e Manipuladora" (Matrix), a gestação estaria sendo mantida sob sigilo por ainda se encontrar em suas semanas iniciais e pelo temor de uma eventual perda. A origem da paternidade ainda não é conhecida.

Suzanne von Richthofen, então com 22 anos, em centro de ressocialização de Rio Claro (SP) - Tuca Vieira - 29.jun.2005/Folhapress

O desejo de Suzane de se tornar mãe, afirma o escritor à coluna, não seria novidade. Relatórios elaborados por psicólogos que a atenderam no cárcere já fariam menção à vontade. Em um deles, datado de 2017, ela teria dito que se tivesse uma menina, daria o nome de Isabela, e se fosse um menino, Benjamin.

No ano passado, enquanto ainda cumpria pena em regime fechado, Suzane recebeu uma autorização judicial para participar de um evento acadêmico promovido em uma universidade de Taubaté, no interior paulista. O estudo apresentado por ela versava sobre "os desafios da gestação tardia e a importância das tecnologias reprodutivas".

A coluna procurou Josiely Olberg, assistente direta de Suzane na loja de produtos artesanais Su Entre Linhas. "Até o presente momento, a gente não está sabendo disso ainda", afirmou, por mensagem. A advogada Jaqueline Domingues também diz desconhecer a informação.

A suposta gravidez de Suzane fez com que a Matrix Editora pausasse, nesta semana, a impressão da reedição do livro de Campbell para incluir a informação. O volume tem lançamento previsto para 15 de setembro e fará parte do box "Mulheres Assassinas", que também incluirá reedições de livros sobre Elize Matsunaga e a ex-deputada federal Flordelis —todos eles serão relançados com novas informações.

Para o próximo ano, o escritor prevê a publicação do livro "Suzane.40", que falará sobre a vida dela após a prisão e a chegada aos 40 anos de idade.

Ré confessa, Suzane von Richthofen foi condenada em 2006 a quase 40 anos de prisão e estava desde 2015 no regime semiaberto, em que o condenado tem direito de trabalhar e frequentar cursos profissionalizantes durante o dia, regressando à noite para sua unidade. Em janeiro deste ano, ela passou a responder pelo crime em regime aberto.

O assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen ocorreu em 2002. Na época, Suzane tinha quase 19 anos e era estudante de direito da PUC-SP.

Segundo depoimento dos acusados à polícia, antes do assassinato, o irmão de Suzane —então com 15 anos— foi levado por ela até um cybercafé. Em seguida, ela e o namorado, Daniel Cravinhos, à época com 21, encontraram o irmão dele Cristian, 26, e seguiram para a casa. Suzane entrou e foi ao quarto dos pais para constatar que eles dormiam. Depois, acendeu a luz do corredor, e os irmãos golpearam o casal.

Inicialmente, a polícia acreditava se tratar de um caso de latrocínio (roubo seguido de morte). Porém, a casa não tinha sinais de arrombamento, e tanto o alarme quanto o sistema interno de vigilância estavam desligados.

Dias após o crime, a compra de uma moto com parte do valor paga em dólares levou a polícia a desconfiar dos irmãos. Em 8 de novembro de 2002, Suzane, Daniel e Cristian foram presos e confessaram ter planejado e matado o casal.


ARCADAS

O advogado e professor Pierpaolo Cruz Bottini recebeu, na noite de quinta (17), o presidente do Iasp (Instituto dos Advogados de São Paulo), Renato de Mello Jorge Silveira, e o juiz Nino Oliveira Toldo no lançamento do livro "Criptoativos e Lavagem de Dinheiro", na Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, em São Paulo. O evento contou com palestra do professor da faculdade de direito de Bucerius, em Hamburgo, Alemanha, Thomas Rönnau. A professora da USP Ana Elisa Liberatore Silva Bechara também passou por lá.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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