Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu violência

Gabriela Manssur assume defesa de nutricionista que acusa Da Cunha de agressão

Advogada, que atuará ao lado de Alice Rabelo Santos, se notabilizou por casos como o de João de Deus; deputado federal nega ter praticado violência doméstica

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As advogadas Gabriela Manssur e Alice Rabelo Santos assumiram a defesa da nutricionista Betina Grusiecki, que acusa o deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado Da Cunha, de violência doméstica.

Os dois vivem juntos há três anos. Segundo Grusiecki, o episódio de agressão ocorreu no sábado (14) e incluiu, além de ameaças de morte e xingamentos, agressões físicas que a levaram a perder a consciência e a desmaiar.

O deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado da Cunha, cuja mulher registrou boletim de ocorrência contra ele por violência doméstica - Reprodução Youtube/Da Cunha

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como lesão corporal, injúria, ameaça e violência doméstica. Da Cunha nega as acusações.

"A nossa atuação visa a proteção da vítima, a defesa dos direitos das mulheres e a colaboração com as autoridades competentes na apuração dos fatos", afirma Manssur, que se notabilizou por atuar em defesa de mulheres em casos de grande repercussão, como o do médium João de Deus.

A defensora, que também é ex-promotora do Ministério Público paulista, diz que serão feitos pedidos em prol da segurança da nutricionista e que o processo seguirá em segredo de Justiça.

Em nota enviada à imprensa, o deputado federal afirmou que "houve uma discussão, em meio à comemoração de seu aniversário, mas em nenhum momento ocorreu qualquer tipo de violência física de sua parte". O parlamentar ainda disse que os fatos "ficarão comprovados no decorrer do inquérito".

De acordo com o boletim de ocorrência registrado por Grusiecki na Delegacia da Mulher de Santos, Da Cunha, que completava 46 anos no sábado, consumiu bebida alcoólica e passou a discutir e a atacá-la com xingamentos, dizendo que ela era uma "putinha, não serve para nada, lixo".

Em meio às agressões verbais, o policial teria passado a bater a cabeça da nutricionista contra a parede e apertado o pescoço dela com força, a ponto de fazê-la desmaiar.

"Ao reacordar [sic], ele veio novamente em sua direção e a vítima jogou um secador de cabelo na cabeça dele. Neste interregno, ele bateu sua cabeça novamente na parede", diz trecho do documento ao qual a Folha teve acesso.

Na sequência, Da Cunha teria ameaçado Grusiecki e a mãe dela de morte. Ainda segundo o registro oficial, o policial também teria quebrado os óculos dela e, por fim, atirado cloro em todas as roupas da mulher, para estragar os tecidos.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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