O ator, cineasta e ativista britânico Fehinti Balogun desembarca em São Paulo nesta semana para divulgar o filme "Can I Live?" (posso viver?, em tradução livre), adaptação de peça homônima que se debruça sobre o tema do racismo ambiental.
O conceito gira em torno da pauta climática e versa sobre a exposição de determinados grupos sociais a ambientes insalubres e com pouca infraestrutura. Em seu longa, Balogun aborda a forma como a população negra é a mais afetada, na prática, por mudanças do clima e fala do aprofundamento dessa crise.
"Por muito tempo, não ouvi ninguém falar sobre a crise climática de uma maneira que fizesse sentido para mim e minhas experiências como pessoa negra, e acredito que isso exclui muitos de nós da conversa. No entanto, para muitas pessoas, a crise climática já é uma situação mortal", diz o cineasta.
Durante sua passagem pela capital paulista, Balogun participará de exibições e debates sobre a obra no Itaú Cultural, na tarde desta segunda-feira (27), e no Centro Cultural São Paulo, na quarta-feira (29), como parte do festival da Associação de Profissionais de Audiovisual Negro (Apan).
Na terça (28), o britânico irá ao Instituto de Referência Negra Peregum para se reunir com estudantes do curso de multimídia do Geledés. Na quinta (30), ele voltará à instituição para um encontro com realizadores do audiovisual negro, em que abordará o cinema e a racialização de questões climáticas.
Conhecido por suas atuações em produções como o filme "Duna" e a série "I May Destroy You" (eu posso te destruir, em tradução livre), Balogun afirma que o tema do racismo ambiental virou central em sua carreira em 2018, quando fez uma pesquisa para um trabalho no teatro.
Em entrevista ao podcast Café da Manhã, da Folha, o artista e ativista disse sentir uma abertura cada vez maior para discutir o assunto, ainda que veja como grande desafio fazer esse debate apresentando soluções factíveis —sem elas, na visão do britânico, as pessoas ficam desiludidas e apáticas.
NOITE DE GALA
O médico Roberto Kalil Filho fez uma participação especial tocando sax em show que a cantora Daniela Mercury apresentou em um evento beneficente da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). O músico Gilberto Gil também deu uma palhinha e marcou presença no evento ao lado da sua mulher, a empresária Flora Gil. Os convidados da celebração, que ocorreu na semana passada, no Rosewood Hotel, em São Paulo, foram recepcionados pelo presidente emérito da SBTH, Cyrillo Cavalheiro Filho, e sua mulher, Gabriela Cambui.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.