Os bombardeios de Israel no sul da Faixa de Gaza obrigaram brasileiros e familiares deles que estão sob os cuidados do Brasil a deixarem às pressas a cidade de Khan Yunis e localidades próximas em que estavam abrigados.
A região tinha sido poupada até agora pelo Exército israelense, que concentrava os ataques na região norte. Mas a interrupção do cessar-fogo acordado com o Hamas levou o país a bombardear também o sul do território.
O grupo de brasileiros e familiares, de 74 pessoas, está agora concentrado em Rafah, cidade que fica na fronteira com o Egito. Eles aguardam a possibilidade de sair de Gaza, como já ocorreu com outros 34 palestinos que tinham nacionalidade brasileira e que foram repatriados em novembro.
A Embaixada do Brasil na Palestina alugou quatro casas para que pudesse abrigar todas as pessoas.
A lista dos que pretendem deixar Gaza também aumentou depois da retomada dos ataques de Israel: nesta terça (5), 102 palestinos disseram ao governo brasileiro que gostariam de ser evacuados.
Não há certeza, no entanto, de que isso será possível em todos os casos. Há pessoas que têm problemas de saúde, outras que não conseguiram ainda autorização para deixar a região.
Do total, cerca de 30 pessoas permanecem no centro-norte do território.
Apesar dos insistentes apelos da embaixada do Brasil para que todos se desloquem para Rafah, por motivos de segurança, alguns dizem preferir ficar onde moram, com suas famílias palestinas, ainda que sob o risco de morrer.
Muitos dos 74 que agora estão em Rafah já tinham se deslocado do norte do território para a cidade de Khan Yunis, no sul, por ordens de Israel.
A orientação, nos primeiros dias do conflito, era a de que eles se retirassem da região norte, pois ela seria duramente bombardeada.
Israel, no entanto, passou a bombardear também o sul de Gaza, o que obrigou os palestinos sob os cuidados do Brasil ao novo deslocamento.
O Exército de Israel alega ser necessário invadir até mesmo hospitais e escolas e Gaza.
Diz que neles podem estar abrigados terroristas do Hamas, que invadiu o território israelense e matou 1.200 pessoas no dia 7 de outubro, segundo autoridades israelenses, além de sequestrar outras 260 que foram mantidas como reféns.
O Exército divulgou vídeos do que seriam túneis e estruturas do Hamas. Nenhum terrorista, no entanto, foi aprisionado nessas operações, nem reféns foram libertados.
Isso só foi possível depois de um acordo de Israel com os terroristas, mediado pelo Qatar, que incluía um cessar-fogo para que os reféns fossem retirados em segurança.
Em contrapartida, Israel libertaria palestinos detidos por suas forças policiais.
No total, 70 mulheres e crianças que eram reféns foram libertadas pelo Hamas, e Tel Aviv soltou 210 presos palestinos.
MEMÓRIAS
O ator e diretor Selton Mello recebeu convidados como o ator Zé Carlos Machado no lançamento da sua autobiografia "Eu me Lembro", na noite de segunda (4). As atrizes Mariana Ximenes e Mônica Martelli compareceram ao evento, que ocorreu na Livraria da Vila da Vila Madalena, em São Paulo.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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