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Gestores municipais reclamam de descaso do governo Tarcísio com conferência de cultura

OUTRO LADO: Secretaria comandada por Marilia Marton não se pronuncia sobre falhas de organização e diz que fórum terá mais dois dias de encontros em janeiro

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Gestores culturais de municípios de São Paulo reclamam de uma série de falhas na organização da 4ª Conferência Estadual de Cultura, promovida pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) neste mês de dezembro.

O evento estava previsto para ocorrer em duas datas: no dia 8, de forma online, e nesta segunda (18), no Memorial da América Latina, na capital paulista. A ideia do fórum é reunir delegados das mais de 600 cidades do estado, eleitos em conferências municipais anteriormente realizadas, a fim de discutir políticas públicas para o setor.

Marilia Marton, secretária de Cultura do estado de São Paulo, na sede do órgão, na capital paulista - Adriano Vizoni -31.jan.23/Folhapress

Propostas que forem definidas nesta etapa estadual serão levadas para uma Conferência Nacional de Cultura, em março do ano que vem.

Um grupo de delegados afirma, porém, que a Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas de São Paulo, comandada por Marilia Marton, não garantiu o básico para a realização do fórum estadual.

Eles dizem, por exemplo, que receberam as informações para o acesso da conferência online de 8 de dezembro com apenas dois dias de antecedência e sem todos os dados necessários. Argumentam também que muitos representantes não conseguiram participar por problemas técnicos e que não havia acessibilidade, como audiodescrição e intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais).

Além disso, na primeira parte do evento, os delegados afirmam que não conseguiram participar ativamente, já que a plataforma escolhida não permitia que eles tivessem acesso ao microfone. Já numa segunda etapa, quando os debates eram divididos em seis eixos temáticos, a mediação realizada pelo governo estadual não era qualificada, segundo denunciam.

"As pessoas começaram a falar todas ao mesmo tempo, estava tudo muito desgastante, e eles simplesmente derrubaram as salas online e acabaram com a conferência", diz Cassiane Tomilhero, que é delegada pela cidade de Peruíbe, no litoral de São Paulo.

Ela acrescenta que nem mesmo o regimento sobre como se daria o funcionamento da conferência chegou a ser aprovado no encontro. "O mínimo de democracia seria votarmos em assembleia o regimento, mas nem isso eles queriam", afirma ela.

Por conta da situação, um grupo de delegados pediu que o primeiro dia do fórum fosse desconsiderado, e novas datas, apresentadas.

De acordo com Adriana Scannavez, delegada por Ribeirão Preto (interior de São Paulo), após as reclamações o governo estadual teria decidido, "sem consultar ninguém", fazer mais três dias de conferência online na sexta passada (15) e no final de semana. Mais uma vez, porém, os delegados teriam sido avisados com dois dias de antecedência, dificultando a participação efetiva no evento.

Na sexta, o fórum chegou a ser realizado e, em assembleia, ficou decidido que os outros dois dias seriam cancelados, porque eles não teriam como se preparar de forma adequada. O encontro presencial desta segunda (18) ficou mantido, estando prevista a votação do regimento interno.

Além disso, a secretaria concordou em realizar mais dois encontros do fórum em janeiro, em datas que serão definidas também nesta segunda. "Até agora não conseguimos debater nenhuma proposta", diz Adriana. "A última conferência que tivemos foi há dez anos. Esse processo, portanto, é muito importante porque vai garantir o que queremos de políticas públicas para a cultura nos próximos anos", destaca ela.

Procurada pela coluna, a Secretaria de Cultura não respondeu aos questionamentos sobre os diversos problemas de organização apontados pelos delegados. Em nota, disse apenas que uma etapa da conferência foi realizada na sexta, de forma virtual. "Depois de quase nove horas, o regimento foi lido e ficou acordado a realização de uma etapa presencial no dia 18 de dezembro, no Memorial da América Latina, além de mais dois dias, a serem definidos, em janeiro de 2024", afirmou a pasta.


VIRA-VIRA

O ator Ruy Brissac, que vive o cantor Dinho em "Mamonas Assasinas — O Filme", recebeu convidados na pré-estreia do longa, em São Paulo. O evento ocorreu no Cinépolis do Shopping JK Iguatemi, na semana passada. O diretor da obra, Edson Spinello, compareceu. A atriz Jessica Córes prestigiou a sessão.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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