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Eduardo Bolsonaro deve a Deus e aos meus eleitores, diz Tiririca

Deputado federal afirma se ressentir por ter perdido número de urna para o filho do ex-presidente

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Passado mais de um ano desde que foi eleito para o seu quarto mandato consecutivo, o deputado federal Tiririca (PL-SP) diz ainda guardar mágoas de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu colega de Casa e de partido, pelo que aconteceu nas eleições passadas.

Após quatro pleitos sendo representado nas urnas pelo número 2222, Tiririca viu a sequência ser cedida em 2022 ao filho do ex-presidente, que também disputou os votos dos paulistas naquele ano. Para o parlamentar, a mudança explicaria o desempenho que quase o deixou de fora do Congresso.

O deputado federal Tiririca durante sessão especial da Câmara dos Deputados, em Brasília - Nilson Bastian - 17.abr.2016/Câmara dos Deputados

"Três mandatos com o mesmo número. O cara me tira sem me falar nada, sem me dar explicação nenhuma", afirma Tiririca à coluna. "Fizeram uma grande covardia. E muitos deles falaram: 'O número não elege'. Se não elege, por que tirou logo o meu?"

Tiririca diz que nem se recorda com quais dígitos foi às urnas nas eleições de 2022 e reitera que sua votação despencou por causa da mudança. De deputado mais votado do país, com 1,3 milhão das preferências em 2010, ele teve 71,7 mil votos em 2022 e foi reeleito graças ao quociente partidário.

"O cara [Eduardo] só entrou por causa do meu número, porra. Quem votou nele foi a galera que votava em mim. Ele pegou meus votos. Ele deve a Deus e aos meus eleitores", afirma.

O parlamentar diz ter procurado o filho do ex-presidente, que teria dito que depois os dois poderiam conversar, e afirma que ainda espera um pedido de desculpas. "Mas não vai existir, né? Esquece."

Após 13 anos de atividade legislativa, o intérprete da música "Florentina" diz que não gosta de se posicionar a favor ou contra o governo, seja ele qual for. "Eu voto de acordo com o que é bom para o povo. Foi o povo que me colocou aqui", afirma.

"Se o projeto é legal, tanto faz [se vem] de um lado ou do outro. Quem na época comprava os meus CDs era o povo. Quem vai para os meus shows é o povo. Eu não posso me opor", completa ele, que diz já ter acertado no PL que não acompanha a sigla nas votações.

O deputado ainda afirma que, graças ao seu comportamento, pode levar uma vida tranquila e não tem a necessidade de ser escoltado, ao contrário de alguns de seus colegas alvos de ameaças. "Graças a Deus, ando sem segurança e não tenho cobrança de ninguém, tipo assim, 'você votou errado'."

Tiririca não relata nenhuma proposta legislativa na Câmara nem discursa em plenário desde 2019.

Na última vez em que subiu à tribuna, em 2018, fez uma homenagem a artistas circenses no Dia do Circo. Naquele mesmo ano, foi relator de uma proposta que pretendia declarar o município de Penha, em Santa Catarina, como a capital nacional do turismo temático.

O parlamentar se entusiasma ao falar sobre seus projetos artísticos. Para este ano, diz preparar uma turnê e o lançamento de uma nova música, mantida por ele em segredo. "Para mim, é fantástico porque eu passo alegria, né", afirma sobre a carreira que o alçou à fama. "Eu vivo disso, não vivo de política."


É PIQUE!

O editor Paulo Tadeu, fundador da Matrix Editora, comemorou seu aniversário com uma festa brega em São Paulo, no sábado (24), ao som da da banda Saco de Gatos. A artista plástica Elisa Stecca esteve lá. A comunicadora Surama Chaul e a ex-apresentadora e fundadora do Instituto de Desenvolvimento Humano Lippi, Flávia Lippi, compareceram.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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