Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Médica que identificou variante vê 'sintomas leves', por enquanto

Sul-africana diz que pacientes enfrentam 'dores no corpo e fadiga'; outros especialistas repisam que 'é cedo demais'

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Falando ao inglês The Telegraph, ao holandês De Telegraaf e à BBC, ecoando pelo alemão FAZ e muitos outros, a médica sul-africana que identificou e alertou seu governo sobre a nova variante diz que percebeu pacientes com "sintomas diferentes" no início de novembro.

"Seus sintomas eram tão mais leves do que aqueles que eu tinha tratado antes", disse Angélique Coetzee ao Telegraaf (acima). "Um caso interessante foi de uma criança de seis anos. Ela estava com febre e batimentos cardíacos muito altos. Tive dúvidas sobre a hospitalização, e dois dias depois ela estava completamente melhor."

Falou à BBC que "os pacientes se queixam sobretudo de dores no corpo e fadiga extrema, e vemos isso na geração mais jovem, não nos idosos".

O cardiologista Eric Topol, que se firmou como um dos perfis de mídia social mais influentes sobre a pandemia nos EUA, arriscou que a ômicron não seria má notícia, afinal, se "a variante carregada de mutação diminuir a virulência" e acabar prevalecendo sobre a delta.

Já o New York Times, entrando depois na história, chamou no início da noite de domingo, na home: "A nova variante causa apenas sintomas leves? O júri ainda não decidiu". Ouviu um outro médico sul-africano, Richard Lessells, para quem "é cedo demais" para responder.

'É CEDO DEMAIS'

Também para a principal referência chinesa na pandemia, Zhong Nanshan (acima), falando no fim de semana por Nanfang Ribao, Global Times, South China Morning Post e outros, "é cedo demais" para dizer se a ômicron vai tornar a Covid-19 mais ou menos perigosa. Repisou a necessidade de se vacinar.

Na mídia do país, a variante é tratado como confirmação do acerto da política chinesa de "Covid zero" e vacinação extensiva.

TUDO E QUALQUER COISA

Mas o pânico sobre a ômicron avança, nos EUA. Em entrevista ao programa This Week, da ABC, o principal assessor da Casa Branca para Covid, Anthony Fauci, declarou que o governo americano "precisa estar preparado para fazer tudo e qualquer coisa".

O portal Drudge Report levou à manchete que "Fauci abre a porta para adotar lockdown".

RIDÍCULO

Cercado por repórteres de CNN e outras em seu retiro no feriado, o presidente dos EUA foi questionado sobre a "punição" aos países africanos que divulgaram a nova cepa e agora enfrentam fronteiras fechadas —como criticou o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

"Isso é ridículo", respondeu Joe Biden, "porque você não pode esconder o fato de que há uma nova variante".

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