Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Descrição de chapéu toda mídia

NYT compara Biden a Trump, nas restrições contra chineses

Casa Branca 'questionou comparação', dizendo estar sendo só 'prudente' e que não há 'proibição de maneira nenhuma'

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Alinhado à Casa Branca, o New York Times abre exceção quando Joe Biden explora a Covid. Três meses atrás, o democrata proclamou na CBS o fim da pandemia, e o jornal noticiou criticamente, ouvindo especialistas e parentes de mortos: "Biden diz que a pandemia acabou. Mas 400 pessoas estão morrendo diariamente".

Agora, com o anúncio por Biden de restrições à entrada de chineses, o NYT enfatiza que, "como fizeram quando Trump impôs limitações a viajantes na pandemia, especialistas questionam se isso trará benefício —sobretudo diante do aumento de casos nos EUA".

Lembra que a subvariante americana hoje, XBB, estaria até "se espalhando mais rapidamente" do que a variante na China.

Depois de publicada a notícia no site, acrescenta o jornal, a equipe de "Biden questionou a comparação com a forma como Trump restringiu a entrada de estrangeiros vindos da China no início da pandemia", afirmando por email que "não se trata de uma proibição às viagens, de maneira nenhuma".

"Em vez disso, [o governo] chama de requisição ‘prudente’ de teste para todos os viajantes da China, não só os nativos do país", diz o NYT.

Reprodução/CNN

CRIMES DE ÓDIO

Ao mesmo tempo, o NYT publicou a notícia de que dois TikTokers foram "assediados por serem asiáticos" na véspera de Natal, na Califórnia —salientando que "crimes de ódio contra asiático-americanos" seguem em alta e, neste ano, deverão "superar em muito" os níveis pré-pandemia.

Segundo a CNN, citando estudo feito antes das restrições de Biden, "crimes de ódio anti-asiáticos estão afastando os turistas chineses dos EUA" (acima). Casos mais violentos foram registrados nos últimos meses em Nova York, Chicago e Wilmington, onde Biden morava.

Como publicado ao longo do último ano até por veículos conservadores como Newsweek e New York Post, os ataques contra asiáticos nos EUA dispararam "em reação à eclosão" da Covid e depois que autoridades americanas, como Trump, apareceram na TV falando em "vírus chinês".

PERSISTENTE

Ainda no NYT, "quase três anos em meio à pandemia, a Covid permanece teimosamente persistente" nos EUA.

Segundo Eric Topol, que se tornou referência médica sobre pandemia em mídia social e no Substack, neste fim de ano há uma "nova onda de Covid" nos EUA e "na maior parte do planeta". Além da "situação bastante divulgada na China", listou Japão e outros asiáticos. "Sim, América do Sul também."

Reprodução/Bloomberg

HUAWEI, O RETORNO

Além da cobertura chinesa, pelo financeiro 21 Shiji Jingji Baodao e outros, também Bloomberg (acima), Wall Street Journal e Financial Times noticiam que a gigante de tecnologia Huawei "registrou seu terceiro trimestre seguido de crescimento de receita".

No título, "Huawei declara business as usual após resistir às restrições dos EUA" por três anos. "Em 2022, saímos com sucesso do modo de crise", diz o presidente da empresa, Xu Zhijun. "As restrições dos EUA agora são nosso novo normal."

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