Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Arthur Lira vai de 'guardião das reformas' aos 'velhos truques', no FT

Jornal financeiro, que antes elogiava o 'líder poderoso', agora ataca sua 'chamada reforma eleitoral' e a aproximação com Lula

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Na coluna Global Insight, o Financial Times publicou o texto "Brasil está dando passos preocupantes para se distanciar da política limpa", com foto de Lula e Arthur Lira (abaixo). Abrindo o artigo, "a classe política de Brasília está às voltas com seus velhos truques".

O alvo maior é o presidente da Câmara. "Na frente e no centro [do palco] está a chamada 'reforma eleitoral' de Arthur Lira." Se passar, "permitirá que os partidos usem fundos eleitorais para comprar carros, barcos e aviões", além de "uma espécie de 'compra de votos', contratar pessoas sem divulgar os nomes".

Paralelamente, "também está promovendo um 'projeto de anistia' que elimina multas de centenas de milhões de dólares dos partidos".

Reprodução/Financial Times

O FT critica ainda os ministros do Supremo Gilmar Mendes, este também com foto, por ter "arquivado um processo de suborno envolvendo aliados de Lira", e Dias Toffoli, por "anular grandes quantidades de evidências obtidas na Lava Jato". Sobre esta, encerra ouvindo de Matias Spektor, da FGV:

"A luta anticorrupção não será mais tema dominante na política brasileira. A ordem foi restaurada. [Grande parte da culpa é das] ações questionáveis ou ilegais e politicamente motivadas da Lava Jato. No final das contas, isso trouxe enormes danos à causa da política limpa."

GUARDIÃO

Meses antes, o mesmo FT publicou entrevista com Lira, em evento do próprio jornal em Nova York. No título, "Presidente da Câmara promete impedir Lula de 'retroceder' nas reformas". No subtítulo, "Líder poderoso diz ao FT que defenderá as leis amigas do mercado".

Foi tratado como "o guardião das reformas", em contraponto ao "veterano esquerdista", Lula. Num dos destaques do jornal, Lira dizia: "A Câmara é feita de congressistas reformistas e liberais [na economia]. Sem sombra de dúvida, cuidarão do legado das reformas realizadas".

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