Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Elon Musk vê 'risco à civilização' em discursos por guerra mundial

Com referências a Biden e McConnell, bilionário fala na plataforma X contra 'uma decisão insensata atrás da outra'

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Às vésperas da invasão de Gaza, Elon Musk, publisher de maior alcance nos EUA, resolveu participar de um podcast no X. Respondeu ao pronunciamento em rede de Joe Biden, 80, e à entrevista à CBS do líder republicano Mitch McConnell, 81.

Ameaçando "tropas americanas na Rússia", Biden disse que, "como na Primeira Guerra Mundial, os trabalhadores americanos patriotas estão construindo o arsenal da democracia". McConnell disse que "há um eixo do mal no mundo: China, Rússia, Irã. Temos que enfrentar o eixo".

Postagem em que Elon Musk ironiza que o escritor George Orwell estaria perguntando, vendo o mundo hoje, se 'acertou' nas previsões de livros como '1984' - Reprodução/X

Musk: "Estamos caminhando sonâmbulos para a Terceira Guerra Mundial, com uma decisão insensata atrás da outra. Estamos falando de muitas, muitas vidas devastadas. Quero reiterar este ponto: o risco à civilização é primordial; se ela desaparecer, terá acabado para todos".

Sobre o eixo: "Não temos o diferencial de poder que tínhamos. Devíamos ter cuidado ao usar eixo, nome da aliança na Segunda Guerra Mundial. Esta é uma ameaça muito significativa: uma combinação de Rússia, China e Irã deve ser vista como muito forte em relação ao Ocidente. Muito forte".

Sobre o arsenal: "O alicerce da guerra é poder econômico, especialmente produção industrial. Uma aliança Rússia-China-Irã pode superar a produção da aliança ocidental. A capacidade industrial é de tamanho comparável à do Ocidente".

Falou até de desdolarização: "Exageramos ao transformar o dólar em arma, com sanções. Países como o Brasil ou a Índia, nós os forçamos a desdolarizar as suas transações, enfraquecendo o dólar no mundo, ações estrategicamente insensatas".

'THE NEW ELITES'

Ecoando junto à mídia americana, a Universidade de Washington publicou o estudo "As novas elites do X: Identificando as contas mais influentes [em inglês] engajadas em discurso Hamas/Israel".

São sete contas que, comparadas àquelas de veículos tradicionais, têm "bem menos" seguidores, mas "muito mais" visualizações. Em apenas três dias, no início do conflito, foram 1,6 bilhão de "tweet views'.

Uma razão é a frequência de postagem. Outra é que, na maioria, são contas compartilhadas pela conta do próprio Elon Musk, dono da plataforma, que tem mais de 160 milhões de seguidores.

'FREE PALESTINE'

Mal se percebeu na imprensa ocidental, mas Europa e Estados Unidos, de Los Angeles ao Brooklyn, foram tomados por manifestações no final da última semana, por "Free Palestine". Também o Oriente Médio, quase sem registro na imprensa árabe. Era preciso estar no TikTok, que tem 1 bilhão de usuários ativos mensais, ou no X.

De Al Jazeera, do Qatar, à BBC, do Reino Unido, canais de notícias também se adaptam por lá.

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