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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Antes de decisão do STF, Ramagem procurava nome para trocar chefe da PF do Rio

Delegado também indicou que faria mudanças em São Paulo e em Minas Gerais

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Largada Nos seus primeiros movimentos como diretor-geral da Polícia Federal, antes de sua nomeação ser suspensa no Supremo, Alexandre Ramagem procurava um nome para substituir o superintendente do Rio de Janeiro, um dos locais mais sensíveis e polêmicos em relação à família Bolsonaro. De acordo com relatos, o delegado também indicou que faria mudanças em São Paulo e em Minas Gerais. A expectativa era a de que policiais do Norte ganhassem espaço no órgão sob novo comando.

De novo Carlos Henrique Oliveira está na chefia do Rio há menos de cinco meses. Ele tomou posse em dezembro do ano passado, após um imbróglio com sua nomeação, que durou de agosto até novembro. O delegado foi escolha de Maurício Valeixo, ex-diretor-geral, e foi elogiado por Ramagem na primeira reunião, nesta terça (28).

Alexandre Ramagem, escolhido por Bolsonaro para ser diretor-geral da PF
Alexandre Ramagem, escolhido por Bolsonaro para ser diretor-geral da PF - Secom/Presidência da República

Lista Nos bastidores, Ramagem pediu sugestões de nomes para o comando do Rio, mas ainda não tinha escolhido. Para São Paulo, Alexandre Saraiva, superintendente da PF do Amazonas, estava na lista de cotados. Seu nome foi parte da primeira crise envolvendo o presidente da República e o órgão, em agosto do ano passado.

Ajuda No discurso de saída, o ex-ministro Sergio Moro disse que o presidente queria trocar o diretor-geral e as chefias de Rio e Pernambuco sem motivos razoáveis.

Nem tudo A informação da PF na noite de quarta (29) era a de que, por outro lado, Ramagem estava decidido a não mexer em Pernambuco. O Painel mostrou nesta quarta (29) que havia sinalização neste sentido.

Teimosia Segundo relatos, antes de Ramagem ser escolhido, general Heleno (GSI) levou quatro indicações para a PF ao presidente Bolsonaro. Foi ignorado.

Não dá Apesar de Jair Bolsonaro ter dito que ainda sonha com Ramagem, a PF avalia que não há possibilidade disso ocorrer agora. No Judiciário, a análise é de que qualquer ação perdeu o objeto a partir da revogação da nomeação.

Feitos Opositores dizem que Bolsonaro conseguiu em 16 meses acumular dois dos mais polêmicos episódios do governo Dilma Rousseff e de Michel Temer. O presidente reproduziu com Moro crise semelhante à delação de Joesley Batista para Temer, e na indicação de Ramagem, o caso da nomeação de Lula para Dilma.


TIROTEIO

Votei no Bolsonaro sabendo que era um jumento, mas esperando um mínimo de honestidade. Não teve. É burro e corrupto
De Fernando Holiday, vereador (Patriota-SP), sobre as mudanças feitas por Bolsonaro na direção da Polícia Federal e no Ministério da Justiça


Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

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