A reação no Congresso à entrevista ao jornal O Globo do comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Carlos Almeida Baptista Junior, foi unânime entre os grupos políticos: reprovação absoluta.
De oposicionistas do governo na CPI da Covid até bolsonaristas, os parlamentares viram como inoportunas e desnecessárias as falas de Baptista Junior após a divulgação da nota assinada com os outros comandantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
Na cúpula do Congresso, a atitude de Baptista foi entendida como um avanço para o campo da política, fora do escopo das Forças Armadas.
A própria disposição em dar uma entrevista já revela postura que destoa da forma como vinham agindo seus antecessores e outros comandantes das Forças, avessos a externar opiniões publicamente.
Nela, o tenente-brigadeiro disse que a nota das Forças era um “alerta às instituições” e que não enviariam 50 notas para o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).
Nas redes sociais, Baptista também é menos contido e se manifesta por meio de curtidas em mensagens políticas, geralmente em apoio a Jair Bolsonaro.
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