Na semana em que os boxeadores baianos Bia Ferreira e Hebert Conceição chegaram às finais de suas respectivas categorias nas Olimpíadas de Tóquio, o governador Rui Costa (PT) voltou a prometer a construção de uma Arena de Lutas em Salvador.
A promessa foi feita pela primeira vez em 2016, após a conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio pelo boxeador baiano Robson Conceição. Cinco anos depois, o projeto sequer saiu do papel.
A meta do governo baiano era que a Arena de Lutas da Bahia ficasse pronta em 2019. Mas o projeto enfrentou uma série de obstáculos.
Primeiro, houve um longo período de tratativas para desapropriação da área escolhida. Concluída essa etapa, o projeto conceitual do equipamento, teve parecer desfavorável do Iphan, pois seria erguido em uma área vizinha a prédios tombados.
O governo da Bahia informou que reconhece a necessidade de a Bahia ter uma arena de lutas e que um novo terreno está em fase de análise.
Os principais nomes do boxe na Bahia, estado que também revelou o campeão mundial Acelino Popó Freitas, se ressentem da histórica falta de apoio à modalidade, que perpassou vários governos.
Antes da Rio 2016, quando o governo federal definiu formar uma rede nacional de locais de treinamento que ficaria como legado das Olimpíadas, a Bahia priorizou a construção do Centro Pan-Americano de Judô.
Inaugurado em 2014 com custo de R$ 43 milhões, o Centro de Judô foi devolvido ao governo baiano em 2019 pela Confederação Brasileira de Judô, que alegou não ter recursos para mantê-lo.
O governo informou que vai reformar o equipamento e negocia uma parceria com a Confederação Brasileira de Desporto Escolar para transformá-lo num espaço multiuso.
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