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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Lula mostra que não terá revanchismo ao falar que respeitaria lista tríplice para PGR, diz advogado anti-Lava Jato

Ex-coordenador do setorial jurídico do PT-SP, Marco Aurélio de Carvalho afirma ter visto grande ironia na declaração do ex-presidente

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Coordenador do Prerrogativas, grupo de advogados que se formou em contraponto aos métodos da Lava Jato, Marco Aurélio de Carvalho disse ter visto grande ironia na fala de Lula de que escolheria o primeiro colocado na lista tríplice como Procurador-Geral da República. Bolsonaro ignorou duas vezes os nomes indicados pela categoria e escolheu Augusto Aras.

Carvalho, ex-coordenador do setorial jurídico do PT-SP, reconhece as divergências sobre o tema até mesmo na esquerda, mas afirma que, em sua opinião, Lula "demonstrou preocupação com a recuperação da credibilidade e da independência do Ministério Público, mesmo tendo sido injusta e criminosamente perseguido por alguns integrantes da instituição."

Para Carvalho, foi “declaração de um estadista que demonstrou que não se conduzirá com sentimentos de vingança ou revanchismo."

Para o advogado, o ex-presidente petista "é a única liderança capaz de reacreditar as instituições que foram capturadas pelo lavajatismo e pelo governo Bolsonaro com objetivos políticos e eleitorais."

"Ele tem a confiança da comunidade jurídica, que trabalhará por sua recondução à Presidência da República e pela consolidação da nossa jovem Democracia", acrescenta Carvalho.

Lula disse em entrevista à NSC Total e à CBN Santa Catarina que indicaria os primeiros das listas tríplices para reitor e para procurador.

“Se eu voltar a ser Presidente da República, vou escolher o primeiro da lista para reitor e para procurador. Eu não tenho que indicar um amigo meu. Tenho que indicar alguém que seja sério e que eu respeite”, afirmou o petista.

"Qual era minha divergência com o Ministério Público? É que eu sempre achei que devia investigar tudo que tivesse que investigar, mas que não fizesse acusações antes de ter prova. No Brasil, as pessoas às vezes são condenadas pelo noticiário", acrescentou Lula.

"Vejo Bolsonaro procurando amigo para indicar, e não é assim que você forma as instituições brasileiras", concluiu.

O tema é motivo de controvérsia entre apoiadores do presidente, pois muitos consideram que os mandatos do partido foram vítimas de escolhas de procuradores que depois tiveram atitudes contra o PT que eles consideram equivocadas.

Em maio do ano passado, por exemplo, a ex-presidente Dilma Rousseff disse que os governos petistas se equivocaram ao indicar os mais votados nas listas tríplices da categoria à PGR.

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