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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Chefe da PF usa nome de Bolsonaro para anunciar quase plano de saúde após atos contra governo

No dia do policial federal, entidades cobraram promessas não cumpridas em manifestações

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Nesta terça (16), após protesto de associações de delegados, peritos e agentes da PF com cobranças ao governo Jair Bolsonaro, o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, anunciou sem especificar um "avanço na implementação" de plano de saúde da corporação.

Em nota, Maiurino afirmou que os pontos mais críticos das tratativas foram superados com o apoio e a aprovação prévia de Bolsonaro e que o plano de saúde será uma conquista inédita e abrangerá policiais, funcionários administrativos e dependentes.

O propósito, diz a nota, é cuidar dos pilares da PF: os servidores.

"Reforçamos que, somente com a união e o respeito de todos os valores e princípios históricos do órgão, conseguiremos alcançar o triunfo. A Polícia Federal não pertence a alguns, mas sim à sociedade brasileira", escreveu Maiurino.

Nesta terça (16), dia do policial federal, as associações de delegados, peritos e agentes da PF realizaram atos em vários estados para cobrar o governo federal.

Em frente à sede da PF em Brasília, os representantes das entidades colocaram faixas para cobrar promessas não cumpridas pelo presidente e afirmam que o governo federal desvaloriza os policiais.

"Esse governo prometeu nos valorizar e nesse período só tomamos porrada. Salários congelados, perdemos benefícios previdenciários, perdemos com a PEC Emergencial. Cadê a valorização prometida?", disse ao Painel Edvandir Paiva, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal.

Ato das entidades representativas de policiais federais em frente ao prédio da PF em Brasília
Ato das entidades representativas de policiais federais em frente ao prédio da PF em Brasília - Reprodução

Segundo Paiva, os policiais estão cada dia mais indignados com o tratamento do governo.

O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Marcos Camargo, também cita as perdas com a reforma da previdência e com a PEC Emergencial para dizer que o ato tem como objetivo apontar para a falta de reconhecimento do governo Bolsonaro.

"Estamos numa fase em que buscamos a valorização que foi prometida, (o presidente ) se elegeu com base no discurso de valorização da PF e o cenário é o contrário, é um cenário de retrocesso para a polícia", afirma Camargo.

O apoio dos policiais na eleição de Bolsonaro também foi é abordado por Luis Antônio Boudens, da Federação Nacional dos Policiais Federais, para cobrar uma "atenção imediata" do governo às pautas da classe.

"É notório que esse governo foi eleito com a bandeira da segurança pública, o próprio filho do presidente é policial federal (o deputado Eduardo Bolsonaro é escrivão da PF). Mas por que os militares ficaram de fora das reformas e os policiais foram deixados de lado na hora de terem os direitos preservados?", questionou Boudens.

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