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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Eduardo Leite é mimado e quer melar as prévias do PSDB, diz Arthur Virgílio

Ex-prefeito de Manaus diz que se juntou a Doria porque governador do RS não quer que disputa aconteça

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Ex-prefeito de Manaus e candidato nas prévias do PSDB, Arthur Virgílio diz ao Painel que Eduardo Leite é mimado e está tentando melar o processo de escolha do candidato presidencial do partido. O processo de votação foi suspenso por tempo indeterminado na tarde deste domingo (21) após problemas no aplicativo.

Aliados dos candidatos têm apresentado diferentes alternativas de continuidade do processo. João Doria e Virgílio querem que fique para semana que vem. Entre aliados de Leite, surgiram as possibilidades de retomar o funcionamento do aplicativo nesta segunda-feira (22) ou deixar para 2022. A segunda hipótese revoltou as equipes do governador de SP e do ex-senador.

As assessorias de imprensa de Virgílio e João Doria (SP) anunciaram um pronunciamento conjunto para as 18h, que foi cancelado. Virgílio diz que o cancelamento foi pedido do partido, que preferia um pronunciamento dos três candidatos conjuntamente, o que não foi aceito pelo ex-senador.

"Eles pediram para não falar. [Partido] pediu. Pela ideia do Bruno [Araújo, presidente do PSDB], falaríamos os três. Mas não tem cabimento. Com esse rapaz não dá", afirma. "Não dá, porque sempre tem subterfúgio, ele é escorregadio, está mal aconselhado", completa. "Fico impressionado".

Virgílio diz que se aproximou de Doria nessa reta final porque "ele quer fazer as prévias, [enquanto] os outros querem melar. Visivelmente".

"[Leite] Vem com história, bota dificuldade. Ele se transformou em uma pessoa mimada", completa.

A ideia de deixar a disputa para 2022, diz Virgílio, faz parte de uma estratégia de implodir as prévias e deixar a decisão para a direção partidária.

Doria e Leite em evento das prévias do PSDB, em Brasília - Pedro Ladeira/Folhapress
Doria e Leite em evento das prévias do PSDB, em Brasília - Pedro Ladeira/Folhapress

"2022 significa não fazer, né? Quer levar para uma convenção para fazer uma maioria fácil. Quer excluir o povo do processo decisório", diz. "Botar para fevereiro é querer misturar prévia com convenção partidária. Aí a direção diz que é melhor não fazer, faz uma convenção. Frustra as prévias, desmoraliza o partido. Ele acha que ganha assim", acrescenta.

Enquanto conversava com o Painel, Virgílio ouvia programa na televisão que dizia que a assessoria de imprensa de Leite afirmava que ele não compactuava com a ideia de jogar a disputa para o ano que vem e preferia dar continuidade da votação ainda nesta segunda (22).

"Ele é mentiroso, ele disse que queria em fevereiro, e agora já diz que quer deixar votando. Esse cara é completamente analfabeto político. Completamente", afirma.

Virgílio também critica Leite pela aproximação com Aécio Neves (MG) e diz que sua aproximação a Doria também tem como objetivo fazer contraposição ao deputado.

"É uma clara resposta à aproximação dele ao Aécio Neves, que não bota cara, não vai a lugar algum, e ao mesmo tempo fica dando ordens para os acólitos dele. Aécio não vai a qualquer lugar com aglomeração. Como seria recebido? Com vaia. Foi vaiado na convenção do PSDB de 2018", finaliza.

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