O Comitê Lula Livre decidiu encerrar suas atividades. Composto por mais de 80 organizações, entre elas PT, PSOL, PCdoB, UNE, CUT, MST, MTST e Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABDJ), o comitê avaliou que cumpriu sua missão com as vitórias judiciais e a recuperação dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O comitê foi responsável por organizar atividades para denunciar o que apontaram como irregularidades judiciais e perseguição política na prisão de Lula. Abaixo-assinados, mutirões, festivais, vigílias e manifestações, por exemplo, foram coordenados pelo comitê para ganhar espaço para a defesa do petista junto à opinião pública.
Em carta divulgada entre seus membros, as lideranças do comitê classificam as decisões favoráveis a Lula como "triunfo de uma luta coletiva, de uma campanha marcada pela criatividade e a generosidade, sustentada por uma militância disposta a dar tudo de si para torna-la vencedora."
"Nossos objetivos foram alcançados, com plenitude e segurança. A Campanha Lula Livre já não é mais necessária. Chegou a hora de todos nós concentrarmos energias em outras batalhas que se destinam a libertar o Brasil. Companheiros e companheiras, missão cumprida", diz o texto.
O texto aponta para um redirecionamento de prioridades dos movimentos, que agora passarão a se engajar na campanha pela eleição de Lula.
PT, CUT e MST reuniram na quarta-feira (9) representantes de diversos movimentos populares, de 16 estados, para iniciar o processo de organização de comitês populares de campanha.
O PCdoB discute com PT, PSB e PV a formação de uma federação partidária. Já o PSOL definiu pontos programáticos para apresentar para o PT, mas deve apoiar Lula no 1º turno.
"Queremos reestabelecer a dignidade, a alegria e a esperança de dias melhores e de um futuro promissor com soberania, desenvolvimento, igualdade e justiça social para todos os brasileiros e brasileiras. Para alcançar esse objetivo, precisamos ampliar a nossa capacidade de mobilização, organização e luta pela base para alargar as possibilidades de o povo influir nas decisões políticas do país", diz o texto divulgado internamente pelo comitê.
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