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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Indiciado pela polícia, vereador diz que deixará PSB por não ter sido convidado a evento com Tabata

Camilo Cristófaro (PSB), da Câmara Municipal de SP, é investigado por abuso de autoridade

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Presidente da CPI da Pirataria na Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Camilo Cristófaro tem enviado mensagens aos dirigentes do PSB dizendo que não se considera mais membro do partido.

O motivo oficial seria ter ficado sabendo por sua esposa de um evento da sigla com a deputada Tabata Amaral.

Na semana passada, a Polícia Civil decidiu indiciar Cristófaro por abuso de autoridade após divulgação de áudios pelo Painel em que ele ameaça destruir o empresário Law Kin Chong, sua mulher, Hwu Su Chiu Law, o patrimônio deles e os shoppings centers populares aos quais estão associados no centro de São Paulo.

"Hoje fui mais uma vez surpreendido ao ser avisado pela minha esposa (inacreditável) que aconteceu evento do PSB na Freguesia do Ó com filiações e estavam presentes a srta. Tabata Amaral (ela que chegou ontem e sentou na janela do ônibus), seu marido, Márcio e Caio França. Ingressei no PSB em fevereiro de 2016 e ninguém, ninguém, ninguém foi, é e será mais leal do que eu", escreveu Cristófaro.

O vereador Camilo Cristófaro (PSB), presidente da CPI da Pirataria
O vereador Camilo Cristófaro (PSB), presidente da CPI da Pirataria - André Bueno-1º.jun.2017/CMSP

"Minha falecida mãe me ensinou que só se vai na casa dos outros se for convidado e hoje tive a certeza que meu tempo de PSB acabou", completou.

Ele diz que quer ser expulso do PSB e que não se considera mais filiado à sigla.

Ele diz que se arrepende de ter brigado com João Doria (PSDB) "gratuitamente, somente por lealdade a Márcio França".

No inquérito que tem o vereador como alvo, a polícia lista ações do vereador relacionadas ao caso que defende que sejam investigadas a fundo, pois possivelmente ilegais.

Em áudio obtido pela polícia, por exemplo, Cristófaro pede a funcionário da prefeitura que atrapalhe o máximo possível a reabertura de um shopping de Chong.

Em 13 de dezembro de 2021, Cristófaro chefiou uma operação no Shopping 25 Brás, de Law Kin Chong, que então foi interditado pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis da Prefeitura de São Paulo).

A polícia recebeu áudio atribuído ao vereador em que ele pede a um servidor do Contru chamado Felipe que ele tente "retardar o máximo possível a abertura do shopping".

Cristófaro também diz: "temos que machucar eles, pelo menos uma semana", "temos que judiar deles" e "fala para o seu pessoal atrapalhar o máximo possível a autorização de reabertura".

Essa não é a primeira vez que o Cristófaro se envolve em confusão durante o mandato.

Em 2017, a então vereadora e atual deputada estadual Isa Penna (PCdoB) disse que foi empurrada e agredida por Cristófaro dentro da Câmara Municipal. Segundo Isa, em um elevador do prédio, ele a xingou de "vagabunda", "terrorista", "cocô de galinha" e insinuou ameaças dizendo que ela não deveria ficar surpresa se "tomar uns tapas na rua".

Em seguida, já fora do elevador, Cristófaro se aproximou da colega de plenário e lhe deu "um empurrão de leve", de acordo com ela. O vereador negou na época e diz que não ofendeu ninguém.

Em 2019, Cristofáro chamou o vereador Fernando Holiday (Novo) de "macaco de auditório", no plenário da Câmara. "Gostaria de falar que lamentavelmente o senhor Fernando Holiday usa das redes sociais, que ele é o grande macaco de auditório das redes sociais, que ele usa dando risada dessa Casa, explodindo as redes sociais, porque a população adora ver sangue, maldade, mentira, fake, onde ele acusa os seus colegas de vagabundos", disse Cristófaro.

Há também acusações de agressões contra o vereador feitas por um funcionário da Subprefeitura do Ipiranga, que teria levado um soco em julho de 2020, e outra realizada por um assessor do vereador Eduardo Suplicy (PT). No primeiro caso, Cristófaro diz que foi um empurra-empurra e que apenas se defendeu diante do funcionário da subprefeitura. Em relação à queixa do assessor de Suplicy, o vereador afirmou, na ocasião, que a acusação era mentirosa e o funcionário "queria aparecer, queria mídia".

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