O PT debate ainda de forma incipiente trocar o nome do Auxílio Brasil, principal aposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) para a reeleição, e remodelar o programa para dar um caráter mais abrangente.

Inicialmente, a intenção não é resgatar o Bolsa Família, do qual derivou o novo programa, mas escolher algo que consiga passar a ideia de uma ação social mais ampla. A avaliação é de que o atual título transparece um caráter mais de transferência de renda.

Em 3 de agosto, está prevista uma agenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Piauí para debater uma política de segurança alimentar.

De acordo com o ex-governador Wellington Dias (PT-PI), que participará do encontro, a ideia é discutir o papel do Brasil na produção de alimentos dentro de um contexto global, mas pensando em alternativas para o próprio país.

O programa a ser adotado em um governo petista reforçará a necessidade de contrapartidas, como a exigência de crianças matriculadas na escola, quando houver, e de pré-natal completo em caso de grávidas. E também focará na construção de portas de saída, do esforço para se ter renda fruto do trabalho.

"Desde a época do [ex-presidente] Fernando Henrique Cardoso o programa já tinha essa ideia de atenção, de assistência à família como um todo. O novo nome vai levar em conta esse objetivo", diz.

Dentro dessa programação de viagens temáticas, Lula deve ir ainda ao Amazonas e Amapá, debater soluções de bioeconomia e desenvolvimento da região preservando e valorizando produtos locais.

O ex-presidente vai também ao Pará, governado pelo emedebista Hélder Barbalho, discutir alternativas de segurança pública dentro de um contexto amazônico. Ele vai observar uma iniciativa inspirada em Medellín, na Colômbia, de construção de "centros de paz" que trabalham com a prevenção da violência.

Esses centros, distribuídos de acordo com um mapa da violência na região, promovem ações ligadas à cultura e ao esporte, além de cuidarem de iluminação pública, programas de geração de renda e outros.

De acordo com Wellington Dias, Lula defende maior participação da União na segurança, missão delegada hoje aos governos estaduais.