Líderes do União Brasil afirmam que a sigla está disposta a ajudar financeiramente uma eventual campanha de Edson Aparecido (MDB) para o Senado por São Paulo. Seria uma estratégia para ajudar a convencer os emedebistas a abrirem mão de indicar o vice de Rodrigo Garcia (PSDB).
Para o União, que colocou em ata o apoio a Garcia na sua convenção estadual, dinheiro não é problema. A legenda calcula ter R$ 1 bilhão em recursos para gastar na eleição, entre fundos partidário e eleitoral.
A expectativa inicial das lideranças do MDB era a de que um membro do partido ocupasse o posto. Foi seguindo esse entendimento que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), indicou Aparecido, que deixou o PSDB e se afastou do cargo de secretário municipal de Saúde.
No entanto, o União Brasil, que inicialmente ficaria com a vaga da disputa ao Senado na chapa, mudou de estratégia e passou a pressionar pela vice.
O argumento interno é o de que em 2026 o MDB poderia ter o controle da prefeitura e do Governo de São Paulo, já que Rodrigo Garcia, se vencer em 2022, provavelmente deixará o cargo para disputar eleições para o Senado ou a Presidência.
Com isso, caso Nunes se reeleja em 2024, o MDB estaria controlando os principais postos na cidade e no estado, isolando os partidos aliados, dizem as lideranças do União Brasil.
As conversas entre os envolvidos na aliança ficaram mais tensas com o surgimento do interesse do União Brasil na vice. Nunes manifestou contrariedade em mais de uma ocasião ao ser cogitada a possibilidade de que Aparecido não seja o escolhido.
No entanto, a afirmação ao Painel de Baleia Rossi, presidente do MDB, de que a legenda não deixará a chapa caso o acordo pela vice não se confirme, fez reduzir o potencial de conflito.
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