Ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf diz que seu nome foi incluído indevidamente entre os apoiadores da Carta aos Brasileiros e Brasileiras em Defesa do Estado Democrático de Direito, que foi lida na Faculdade de Direito da USP na quinta-feira (11) e já conta com mais de 1 milhão de adesões.
Ele afirma ao Painel que pedirá a retirada e que também não assinou a carta da Fiesp.
"Nem da USP nem da Fiesp. Nenhuma. Assim como fizeram comigo, devem ter feito com muitos. Uma vergonha", diz Skaf.
Na busca do site que abriga a carta, ele aparece como "Paulo Antonio Skaf, ex-presidente". O Painel apurou que o CPF inserido para cadastro no site foi o do empresário.
Para fazer a adesão, o site pede somente dados básicos para cadastro da assinatura, como nome completo, CPF, endereço de email e ocupação.
Após a publicação do texto pelo Painel, os responsáveis pelo site disseram que retiraram o nome de Skaf e que vão pedir à Delegacia de Crimes Cibernéticos que investigue o IP da máquina usada para a fraude.
Como mostrou a coluna Mônica Bergamo, fraudadores tentaram incluir o nome de Sergio Moro (União Brasil) e incluíram os dados corretos, mas os organizadores da carta entraram em contato com a equipe do ex-juiz e atestaram se tratar de uma tentativa de falseamento.
Nos últimos anos, Skaf foi apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e chegou a fazer parte do Conselho da República, formado para oferecer sugestões ao presidente.
No entanto, como mostrou a coluna, eles se distanciaram em 2022 e o empresário foi preterido por Bolsonaro em suas pretensões de disputar o Governo de São Paulo ou o Senado.
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