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Tarcísio e Rodrigo fazem guerra de números sobre recursos federais para SP

Após citar R$ 400 bilhões em transferências da União para SP, ex-ministro é contestado por secretário estadual

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Brasília

As transferências de recursos da União para São Paulo entraram na disputa eleitoral de outubro, após o ex-ministro Tarcísio de Freitas, candidato ao governo pelo Republicanos, apresentar números contestados pela equipe do atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), seu rival nas urnas.

Em entrevista à Jovem Pan nesta sexta-feira (19), Tarcísio, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que São Paulo tinha condições de andar com as próprias pernas. Pelas contas do ex-ministro da Infraestrutura, o estado havia recebido quase R$ 400 bilhões em transferências voluntárias e obrigatórias da União desde 2019.

Presidente Jair Bolsonaro ao lado do ex-ministro Tarcísio de Freitas
Bolsonaro participa do lançamento da campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo - Zanone Fraissat/Folhapress

A informação foi questionada pelo secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Felipe Salto, que, em uma rede social, afirmou que Tarcísio tinha errado "por quase 10 vezes".

Pelos cálculos divulgados por Salto, o estado de São Paulo teria recebido da União, somando todas as transferências, R$ 45,2 bilhões até 2021. Se fossem incluídos os municípios paulistas, o valor seria de R$ 148,7 bilhões até o final do ano passado. "Mesmo nesse caso, o erro é gigante", escreveu em uma rede social.

O secretário também afirmou que São Paulo contribuiu com quase R$ 2 trilhões para a União desde 2019. "Tarcísio indagou: será que SP recebe pouco? Falou em R$ 400 bilhões, mas SP efetivamente recebeu 10% disso", concluiu Salto.

Questionada pelo Painel sobre os números, a equipe de Tarcísio enviou uma tabela da CGU (Controladoria-Geral da União) que cita como fontes Portal da Transparência e Tesouro e que traz um valor total de R$ 367,3 bilhões enviados pela União desde 2019.

De acordo com os dados do candidato do Republicanos, foram R$ 108,6 bilhões em benefícios sociais, incluindo o auxílio emergencial instituído pelo governo federal para conter os efeitos da pandemia de Covid-19.

Tarcísio também cita R$ 145,8 bilhões em transferências constitucionais para municípios de São Paulo e R$ 9,4 bilhões em transferências constitucionais para o estado.

O ex-ministro contabiliza ainda R$ 9,8 bilhões em convênios com São Paulo, R$ 2,8 bilhões em transferências legais, voluntárias e específicas ligadas à Covid-19 para o estado de São Paulo e outros R$ 6,3 bilhões em transferências legais, voluntárias e específicas ligadas à Covid-19 para municípios de São Paulo.

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