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Tarcísio faz campanha para deputado que xingou o papa

Ex-ministro se une a Frederico D'Ávila por votos no interior de SP, mas pode desagradar católicos

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São Paulo

Em busca de votos no interior de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem feito campanha ao lado de Frederico D’Ávila (PL), que disputará o cargo de deputado federal.

O ex-ministro gravou vídeos em que pede votos para o deputado estadual e diz que ele é o mais qualificado para representar o agronegócio em Brasília.

"Vamos precisar de um Frederico D'Ávila lá na Câmara dos Deputados. Que representa o nosso agronegócio. O agro que é tão atacado. Querem toda hora dizer que nosso agro é isso, é aquilo", iniciou Tarcísio, em discurso ao lado do parlamentar.

"A gente tem um agro que é sustentável, que é modelo para o mundo todo, e a gente precisa das vozes que na Câmara dos Deputados vão defender o nosso agronegócio. E a melhor voz, a mais qualificada, é a do Frederico. Que de fato representa o agronegócio de SP", completou o ex-ministro.

Em outro vídeo, Tarcísio chama D'Ávila de "nosso deputado federal " e cita o número do candidato, que se intitula "o único candidato do agro apoiado por Tarcísio e Bolsonaro".

No entanto, o aliado pode atrapalhar a relação de Tarcísio com a comunidade católica.

D’Ávila é alvo de processo na Assembleia Legislativa de SP por ter chamado o papa Francisco, um arcebispo de Aparecida e outras autoridades religiosas de vagabundos, pedófilos e safados.

Frederico D'Ávila e Tarcísio de Freitas em vídeo de divulgação da campanha do deputado
Frederico D'Ávila e Tarcísio de Freitas em vídeo de divulgação da campanha do deputado - Reprodução/@fredericodavilaoficial

As declarações de D’Ávila ocorreram em outubro do ano passado, motivadas por discurso do arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes.

Antes de visita do presidente Jair Bolsonaro ao local, o arcebispo pregou: "Vamos abraçar os nossos pobres e também nossas autoridades para que juntos construamos um Brasil pátria amada. E para ser pátria amada não pode ser pátria armada".

O deputado, então, atacou a conduta de Brandes.

"Seu vagabundo, safado, que se submete a esse papa vagabundo também. A última coisa que vocês tomam conta é do espírito e do bem-estar e do conforto da alma das pessoas. Você acha que é quem para ficar usando a batina e o altar para ficar fazendo proselitismo político? Seus pedófilos, safados. A CNBB é um câncer que precisa ser extirpado do Brasil", disse em discurso.

Dias depois, o bolsonarista pediu desculpas pelo "excesso" no pronunciamento "inflamado por problemas havidos nos dias anteriores".

Outra atitude de repercussão negativa para D'Ávila em seu mandato foi a proposta de ato solene na Assembleia Legislativa de São Paulo em memória de Augusto Pinochet, ditador do Chile entre 1973 e 1990. O deputado chegou a registrar o evento no calendário do Legislativo, mas a homenagem foi barrada.

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