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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Centrais sindicais fazem assédio eleitoral ao pedir voto útil a ciristas, diz líder sindical do PDT

Antonio Neto, presidente licenciado da CSB, diz que estratégia pode dinamitar pontes entre Lula e pedetistas

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São Paulo

A CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), próxima do PDT e de Ciro Gomes (CE), reagiu ao manifesto de Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores) e outras centrais sindicais que se dirige aos eleitores do ex-governador do Ceará e pede que eles considerem o voto útil em Lula (PT) para encerrar a votação no primeiro turno.

Antonio Neto, presidente licenciado da CSB e candidato a deputado federal em São Paulo pelo PDT, classifica o posicionamento das outras centrais como "assédio eleitoral sobre os trabalhadores" e terrorismo e diz que a estratégia é burra e pode dinamitar qualquer chance de aproximação com os ciristas.

Antonio Neto (PDT), presidente licenciado da CSB, durante debate dos candidatos à Presidência
Antonio Neto (PDT), presidente licenciado da CSB, durante debate dos candidatos à Presidência - Mathilde Missioneiro-29.ago.2022/Folhapress

"No mesmo dia em que representantes das centrais sindicais foram ao Ministério Público do Trabalho pedir aumento da fiscalização, do combate e da punição ao assédio eleitoral no local de trabalho por parte dos empresários bolsonaristas, divulgam uma nota tentando promover assédio eleitoral sobre os trabalhadores, tentando difundir a falsa ideia de que votar no melhor projeto para o País é errado e o certo é votar em Lula no primeiro turno", diz Neto.

O dirigente do PDT diz apoiadores de Lula têm utilizado argumentos mentirosos para acusar Ciro de linha auxiliar do bolsonarismo por criticar o ex-presidente. Segundo ele, Ciro fez inúmeras vezes a ressalva de que Lula é do campo da democracia, diferentemente do atual presidente. Eles se equivaleriam na política econômica do tripé macroeconômico e o modelo de governança política de negociações com o centrão no Legislativo.

"É preciso ter clareza: quando Ciro critica Lula, não é nada pessoal. Mas sim porque ele entende que os escândalos de corrupção, a crise econômica gerada e a retirada de direitos promovidas pelo governo Dilma [Rousseff] e a falta de mudanças estruturais nos governos Lula é que provocaram a ascensão de [Jair] Bolsonaro", diz Neto.

O pedetista compara a estratégia de apoiadores petistas à adotada por Bolsonaro em 2018, quando, segundo ele, foi disseminada uma urgência de que era necessário derrotar o PT no primeiro turno, algo que só o então deputado seria capaz de fazer.

"Muitos eleitores de [Geraldo] Alckmin, [João] Amoedo, [Henrique] Meirelles e outros abriram mão de suas legítimas preferências e fortaleceram quem não queriam. E deu no que deu. Agora o PT está fazendo rigorosamente a mesma coisa", afirma.

Por fim, Neto argumenta que o verdadeiro voto útil no primeiro turno seria em Ciro Gomes, para que ele tire Bolsonaro do segundo turno, que então seria "reduzido ao tamanho insignificante que merece e que, inexoravelmente, a história lhe reserva."

"O Brasil precisa de um Projeto, não de mitos", conclui o presidente da CSB.

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