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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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PSDB tem de ser mais de direita e liberal, diz candidato ao governo do MS

Eduardo Riedel afirma que partido precisa mudar caso queira se manter relevante

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Candidato tucano ao governo do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel defende que seu partido se posicione na centro-direita, com programa econômico mais liberal. Caso contrário, acredita, poderá se tornar irrelevante ou até mesmo desaparecer.

O presidente Jair Bolsonaro com o candidato tucano ao governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel. - Alan Santos/PR

"Temos que retomar uma agenda muito mais liberal. O PSDB tem tudo para se posicionar mais na centro-direita. Mas uma direita qualificada, de alto nível, com compromissos ambientais e sociais", afirma.

Riedel tentará na eleição dar continuidade aos oito anos do governo Reinaldo Azambuja (PSDB), no qual exerceu cargos estratégicos.

Num estado com grande influência do agronegócio, ele declara apoio desde já à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), mesmo com seu partido tendo indicado a vice de Simone Tebet (MDB).

"Tenho o maior respeito pela Simone. Ela tem uma ótima trajetória. Mas as eleições estão muito polarizadas, e o projeto que pode dar sequência à necessária mudança no modelo econômico do país é o do presidente Bolsonaro", afirma.

O PSDB tem origem na centro-esquerda, um pensamento que ainda hoje move parte da geração mais velha da legenda. Alguns quadros históricos, como o ex-senador Aloysio Nunes (PSDB), e o ex-ministro José Gregori já declararam apoio a Lula.

Riedel defende que, em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o partido libere seus filiados para apoiarem quem preferirem.

Sua coligação reúne desde legendas de esquerda, como PSB e PDT, até o PL de Bolsonaro. Também está na aliança o PP, da ex-ministra Tereza Cristina (Agricultura), candidata ao Senado.

Sua rejeição ao PT e a Lula, afirma o candidato, decorre da visão econômica do partido. "O modelo do PT não me agrada: Estado grande e executor, estatais. Não é um modelo que eu vejo eficiente para o Brasil", diz.

Egresso da iniciativa privada, Riedel se apresenta na campanha como um candidato com perfil técnico, após passagens pelo Sebrae e pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura).

A prioridade de sua eventual gestão, afirma, é manter o bom ambiente macroeconômico do estado.

"Tivemos um investimento muito forte da industrialização. Temos a terceira menor taxa de desemprego do Brasil e alta capacidade de investimento, com nota A do Tesouro. Fizemos também reformas importantes, como a da Previdência", acrescenta.

A promessa, agora, é agregar a esse modelo a economia verde, que o candidato diz ter papel central em seu programa. "Não vemos contraponto entre desenvolvimento e meio ambiente. São áreas que têm de andar juntas", afirma.

Apesar disso, ele tem prioridades que se chocam com a visão da maioria dos ambientalistas, como permitir a exploração econômica de reservas indígenas, desde que com a anuência das etnias afetadas.

"O modelo antigo de demarcação e expansão de reservas, que o PT defende, está esgotado. Hoje, cada etnia tem uma visão sobre o modelo de exploração das suas áreas", diz.

A eleição no Mato Grosso do Sul está acirrada, com quatro candidatos competitivos disputando vagas no segundo turno: os principais adversários de Riedel são o ex-governador André Puccinelli (MDB), o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) e a deputada federal Rose Modesto (União Brasil).

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