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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Equipe de Bolsonaro diz que joga 2º tempo perdendo por 2 a 1, mas mais embalada

Aliados afirmam que presidente é favorito e que campanha deve buscar os que se abstiveram no 1º turno

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São Paulo

Lançando mão de analogia futebolística ao gosto do presidente, a campanha de Jair Bolsonaro (PL) diz que chega ao segundo tempo da peleja com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdendo por 2 a 1, mas tendo marcado gol nos últimos minutos do primeiro e com o adversário com um a menos –com seu principal jogador expulso de campo.

O cenário no qual dizem acreditar, portanto, é o de favoritismo, sustentado pelo embalo do final do primeiro turno, ao qual eles se referem como "vento na vela".

Uma das vantagens de segundo turno, afirmam, é o de que o esforço de candidatos a deputado e senador na campanha corpo a corpo perde força —o que eles têm chamado de "micropolítica". Como o PT tem tradição nessa mobilização e o PL é um partido sem militância capilarizada e orgânica, a mudança seria vantajosa para o presidente.

Jair Bolsonaro (PL) e Romeu Zema (Novo) durante anúncio de apoio do governador de MG ao presidente
Jair Bolsonaro (PL) e Romeu Zema (Novo) durante anúncio de apoio do governador de MG ao presidente - Adriano Machado/Reuters

Eles também dizem que os apoios de segundo turno ao PT por parte de ex-concorrentes como Ciro Gomes (PDT) e, especialmente, Simone Tebet (MDB, que ainda não oficializou sua posição) devem ter pouco impacto.

No caso do primeiro, devido à baixa votação e também porque aqueles eleitores do pedetista que votariam em Bolsonaro já fizeram a migração no primeiro turno.

No caso da segunda, porque acreditam que o perfil do eleitor da senadora está mais próximo do presidente do que de Lula e porque analisam que ela ainda não construiu uma relação sólida com seu corpo de eleitores tal como o ex-presidente e Bolsonaro, e, por isso, sua capacidade de influência sobre eles ainda é pequena.

Por isso, a campanha de Bolsonaro diz que não deve superdimensionar a importância de alianças construídas pelo próprio presidente ou por Lula. O olhar do grupo bolsonarista estará voltado, afirmam, para os que se abstiveram no primeiro turno, que foram 32,7 milhões. Em termos de comparação, Tebet teve 4,9 milhões de votos (4,16%) e Ciro, 3,6 milhões (3,04%).

Nesse sentido, a estratégia será a de inflamar o sentimento antipetista, incentivando os eleitores a votar em Bolsonaro como a única alternativa para impedir a volta de Lula e o PT à Presidência.

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