O anúncio de apoio do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ao presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (4), não se resume a uma sinalização para o segundo turno da eleição presidencial.
É o início de uma parceria administrativa, segundo o vice-governador eleito do estado, Mateus Simões (Novo).
"Vejo como uma aliança do ponto de vista da gestão para os próximos quatro anos. A gente precisa ter uma conversa mais próxima com o governo federal", diz ele, citando um cenário em que Bolsonaro seja reeleito. Zema ganhou novo mandato no primeiro turno, no último domingo (2).
"Muitas coisas dependem do governo federal em Minas Gerais. Uma mudança seria muito ruim para o estado. Nos governos do PT [Lula e Dilma], o metrô de Belo Horizonte não aumentou nenhum metro, por exemplo", afirma, citando ainda obras necessárias em rodovias, ferrovias e barragens.
Entre influenciadores bolsonaristas, houve sugestões nos últimos dias de que o presidente se comprometa desde agora em apoiar Zema seja como seu candidato presidencial em 2026. Tal discussão é prematura, diz Simões.
"Não temos pretensão de nacionalizar o nome do governador neste momento", afirma. A prioridade é aprovar projetos ligados ao regime de recuperação fiscal que estão parados na Assembleia, o que deve ficar mais fácil com a formação de uma base que deve reunir entre 40 e 50 deputados, maioria absoluta da Casa.
Zema também não deverá se furtar a entrar de cabeça na campanha de Bolsonaro, seja em evento, viagens ou programas de TV, diz o vice. "Não é um apoio tímido", afirma Simões.
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