Os representantes no Brasil do líder oposicionista venezuelano, Juan Guaidó, se preparam para perder o status de diplomatas reconhecidos pelo Itamaraty a partir de janeiro.
O reconhecimento do ditador Nicolás Maduro como presidente do país deverá ser uma das primeiras medidas na área externa do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Será feito imediatamente", diz o deputado federal Paulo Pimenta (RS), que vem acompanhando a questão pelo PT.
Atualmente, poucos países, entre eles Brasil e EUA, reconhecem Guaidó como presidente venezuelano, embora ele não exerça poder real. Bolsonaro considera a diplomata Maria Teresa Belandria como embaixadora, com todas as prerrogativas do cargo.
Apesar disso, o prédio da missão venezuelana em Brasília está ocupado por aliados de Maduro. O Brasil também não tem embaixador no país vizinho.
Segundo Pimenta, a ideia é realizar a troca de embaixadores com o governo Maduro já no início de 2023.
Quanto a Belandria e seus auxiliares, não haverá "revanchismo", diz o deputado. "Se a situação legal deles estiver regularizada no Brasil, poderão ficar no país. O que haverá é a perda do status de diplomatas", diz o parlamentar.
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