O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), diz esperar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assine o contrato de privatização da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), responsável pela gestão e ampliação do metrô de Belo Horizonte.

A estatal foi vendida em leilão no dia 22 de dezembro, mas a assinatura do contrato ficará para o governo Lula, que se colocou contrariamente à privatização.

"Sempre há dúvida com relação ao PT, mas a experiência do governo anterior de Lula é que cumpria contratos", diz o vice-governador eleito, Mateus Simões (Novo).

O governo de Minas também conta com a sinalização já dada pelo futuro vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), de que respeitará a venda. "Nós estamos fazendo agora o que o estado de São Paulo fez há 20 anos, quando o governador era justamente Geraldo Alckmin", declara Simões.

Embora tenha feito oposição ao PT na campanha, Zema promete ter uma relação respeitosa com o governo federal. O estado tem diversas pendências com a União, como a adesão ao regime de recuperação fiscal, o acordo judicial sobre a tragédia de Mariana e questões relacionadas à concessão de rodovias federais que cortam o estado.

Zema deve comparecer à reunião que Lula promete fazer com os governadores nos primeiros meses de sua gestão.

O governo mineiro também diz que apoia a indicação do senador Alexandre Silveira (PSD-MG) para o ministério de Minas e Energia Lula, apesar de estarem em campos políticos opostos. "É um nome muito capaz e experiente", diz Simões.