A lista tríplice para o cargo de procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro terá uma candidata que não vai apoiar a nomeação do mais votado dentro o Ministério Público fluminense, tradição no órgão.
A promotora Somaine Lisboa, apoiada por grupos bolsonaristas da Promotoria, não se comprometeu em defender o vencedor do pleito, a ser realizado nesta segunda-feira (12), junto ao governador Cláudio Castro (PL). Ela afirma apenas que não fará negociação política pelo cargo.
O procurador-geral licenciado Luciano Matos tenta a recondução. Ele manteve bom relacionamento com o governador ao longo dos dois anos no cargo. Também concorre ao posto a procuradora Leila Costa.
Como há apenas três candidatos, a lista tríplice a ser enviada para o governador será composta por esses postulantes. De acordo com a Constituição estadual, Castro deve escolher entre os três.
O governador também não se compromete em nomear o mais votado. Interlocutores afirmam que, se o escolhido decidir não assumir, ele devolverá a lista tríplice ao órgão para nova formação.
Caberá ao futuro procurador-geral tentar reabrir a investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das "rachadinhas".
O senador, que na última eleição tentou emplacar um candidato, se mantém até o momento afastado da disputa e da nomeação para o cargo. Castro vem gradualmente se afastando da família Bolsonaro na montagem do governo.
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