A nova gestão do Ministério Público do Rio de Janeiro encerrou o ano judiciário sem oferecer nenhuma denúncia ou realizar operações públicas de investigação contra pessoas com foro privilegiado.
Essas apurações estão desde janeiro sob responsabilidade do procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, nomeado pelo governador Cláudio Castro (PL) após intensa articulação política para superar as resistências da família Bolsonaro ao seu nome. Ele havia sido o mais votado na eleição interna da categoria.
O resultado de 2021 difere do ano anterior, quando o MP-RJ ofereceu denúncia contra três magistrados, dois membros da Promotoria, dois deputados estaduais e quatro prefeitos, cargos cuja atribuição para investigação é do procurador-geral.
Mattos assumiu o cargo ouvindo de políticos reclamações sobre supostos excessos na atuação do gabinete do ex-procurador-geral Eduardo Gussem. Entre os queixosos estavam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
É atribuição de Mattos definir o destino da investigação criminal contra o filho do presidente Jair Bolsonaro, caso que ficou travado por todo o ano em razão dos processos em tribunais superiores.
Também estão no gabinete dele investigações contra deputados também envolvidos no caso da "rachadinha" e uma contra o governador.
Procurado, o procurador-geral não comentou os resultados do ano.
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