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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu yanomami

Ibama continuará na terra yanomami até o fim do ano, diz futuro presidente

A Folha revelou sinais de que infratores apostam em retirada do governo nos próximos dias

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Rodrigo Agostinho, futuro presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), afirma ter orçamento suficiente para manter a operação contra o garimpo na Terra Indígena Yanomami pelo menos até o final deste ano.

"Tenho orçamento para continuar presente por lá por bastante tempo. Estamos começando a organizar operações também em outras terras indígenas com problemas parecidos com o garimpo, extração de madeira e biopirataria. O que for ilegal será combatido", afirma.

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Deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP) - Divulgação

A Folha mostrou neste sábado que o fluxo de embarcações levando mantimentos e combustíveis para alimentar o garimpo continua, um indicativo de que os envolvidos na atividade apostam na retirada do governo federal nos próximos dias. O histórico de atuações na região é de operações pontuais.

Agostinho conta que além do orçamento do próprio Ibama, parcerias com financiadores externos também devem er aproveitadas para garantir a proteção da mata e da população yanomami. O instituto está trabalhando em um projeto para apresentar ao Fundo Amazônia e captar recursos para o combate às atividades ilegais.

Segundo ele, o objetivo é não ficar enxugando gelo e, sim, chegar aos financiadores da atividade. As armas que vem sendo apreendidas, por exemplo, estão sendo rastreadas para identificar quem as está fornecendo.

Além das dificuldades de acesso à região de mata densa, Agostinho destaca que parte da terra indígena está localizada na Venezuela, onde o governo brasileiro não pode atuar. O ex-deputado relata que aeronaves foram vistas deixando áreas de garimpo e se dirigindo para o país vizinho. Ele defende ações conjuntas para estrangular de forma efetiva o garimpo.

Outra dificuldade tem sido a restrição de equipe. O Ibama funciona hoje com apenas 53% do seu quadro, diz.

Agostinho encerrou o seu mandato como deputado federal em fevereiro e, embora já esteja acompanhando as atividades do órgão, ainda aguarda para tomar posse no Ibama. Seu nome está entre outros que atrasaram em função do alto volume de nomeações que tem sido feitas neste início de gestão. A expectativa é concluir a burocracia nos próximos dias.

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