O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu a denúncia feita pela vereadora Luana Alves (PSOL) e abriu um procedimento para saber se há atos que configurem racismo praticados por oito organizações sociais contratadas pela Prefeitura de São Paulo para administrar hospitais na cidade.
Até esta terça-feira (18), o MPT notificou ao menos duas das oito organizações que foram citadas pela vereadora. O município tem 12 organizações que prestam serviço de saúde.
O MPT disse que "recebeu e está analisando denúncia sobre situação laboral dos profissionais da Enfermagem Negra no Mercado de Trabalho na cidade de São Paulo".
Luana afirma que colheu depoimentos de 1.090 profissionais através de um formulário eletrônico e concluiu que, durante o processo de contratação de enfermeiros, ocorrem "práticas discriminatórias, racistas, homofóbicas, gordofóbicas, etarismo."
A sondagem sobre racismo e discriminação foi realizada pela Anen (Articulação Nacional de Enfermagem Negra) e o Coren-São Paulo (Conselho Regional de Enfermagem).
Em nota ao Painel, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) diz que repudia toda forma de discriminação e que não foi notificada pelo MPT, mas prestará esclarecimentos se for acionada.
"Cabe destacar que a contratação em unidades gerenciadas pelas Organizações Sociais de Saúde é feita diretamente pelas próprias entidades, conforme previsto em contrato", afirma a prefeitura.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.