Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel
Descrição de chapéu Folhajus Congresso Nacional

Deputados contrataram investigados pelo STF por atos antidemocráticos

OUTRO LADO: Parlamentares dizem que o contato se restringiu à campanha de 2022

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Ao menos quatro deputados federais contrataram na campanha eleitoral de 2022 colaboradores que participaram, posteriormente, dos atos antidemocráticos em Brasília em 8 de janeiro.

Os dados foram levantados pelo gabinete da deputada Duda Salabert (PDT-MG) a partir do cruzamento das informações sobre os investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por participação nos ataques com a prestação de contas das eleições passadas.

Bibo Nunes (PL-RS), Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), Otoni de Paula (MDB-RJ) e Igor Timo (Pode-MG) estão nessa relação.

Manifestantes em protesto golpista durante confronto com a tropa de choque da Polícia Militar na praça dos três poderes, em frente ao Palácio do Planalto, que foi invadido pelos manifestantes. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER) - Folhapress

Bibo Nunes, por exemplo, contratou por R$ 5.000 Tatiane da Silva Marques. Ela está entre as cem primeiras denúncias feitas pela PGR (Procuradoria Geral da República) e aceitas pelo STF.

Por meio de sua assessoria, Nunes informou que Tatiane foi contratada como cabo eleitoral, que o deputado conversou com ela após as eleições para comentar o resultado, mas que não voltou a falar com ela desde então e não sabia de sua participação nos ataques aos Três Poderes.

Otoni de Paula contratou Robson da Silva por R$ 3.500. O parlamentar disse que Robson foi contratado por um dos coordenadores de sua campanha como motorista, mas que não manteve nenhum contato com ele posteriormente. Ele afirmou ainda que, após ser procurado pelo Painel, pediu à sua equipe para questioná-lo sobre a participação nos atos antidemocráticos e que ele respondeu que não estava em Brasília em 8 de janeiro.

Já Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) pagou R$ 1.000 ao ex-prefeito de Palma (MG) João Antônio Pereira referente ao aluguel de um imóvel para instalação do comitê de campanha local por 30 dias.

"As escolhas políticas são questões de foro íntimo do ex-prefeito e não têm qualquer relação com a atividade parlamentar do deputado federal Paulo Abi-Ackel ou sua posição ideológica. Muito pelo contrário, o deputado sempre se manifestou contrariamente aos extremos na politica e sempre defendeu o retorno do centro político ao comando do país", afirmou em nota.

Igor Timo contratou Luiz Fernando de Souza Alves por R$ 1,2 mil. O parlamentar não respondeu até a publicação desta nota.

Com base nas informações levantadas, Duda Salabert vai protocolar na CPMI de 8 de janeiro, da qual faz parte, requerimentos de quebra dos sigilos dos investigados no STF para apurar se há relação entre a contratação nas campanhas e a participação nos ataques. Pede ainda esclarecimentos acerca da relação entre os citados e os parlamentares que os contrataram.

O Congresso instalou nesta quinta-feira (25) a CPI do 8 de janeiro, formada por deputados federais e senadores, e elegeu o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA) como presidente e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) como relatora.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.