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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Folhajus TSE

PL discute fazer pressão sobre Kassio Nunes às vésperas do julgamento de Bolsonaro

Em reunião, integrantes do partido falam em esperar ao menos um sinal do magistrado, sob o risco de constrangimentos por parte da militância

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Em reunião nesta terça-feira (20), integrantes do PL conversaram sobre a expectativa de que o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Kassio Nunes Marques, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), faça algum gesto na direção do ex-mandatário no julgamento que pode culminar com a sua inelegibilidade.

Eles esperam que o magistrado peça vista, contribuindo com a estratégia de postergar o desfecho em busca de um contexto menos desfavorável, ou, ainda, vote contra a inelegibilidade.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o ex-ministro Braga Netto fazem reunião às vésperas do julgamento no TSE
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o ex-ministro Braga Netto fazem reunião às vésperas do julgamento no TSE - Divulgação/PL

Participaram da reunião, além de Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o general Braga Netto, que concorreu como vice na chapa presidencial. O líder do partido na Câmara, Altineu Cortes, (RJ) esteve em parte do encontro. Segundo relatos, neste momento, o ex-presidente só ouviu.

Há um receio de que o resultado seja unânime, isolando Bolsonaro politicamente e fortalecendo o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Os participantes da reunião conversaram sobre a necessidade de mobilizar as redes sociais de modo a impedir que a derrota seja avassaladora.

Nas avaliação dos presentes, Kassio Nunes precisará fazer um cálculo sobre qual lado desagradar. Caso sua opção seja votar de acordo com a maioria do TSE, pode ficar sob a mira da militância bolsonarista, tida como agressiva. Os participantes da conversa comentaram os constrangimentos que outros ministros já passaram provados por apoiadores de Bolsonaro.

O julgamento desta segunda-feira (22) avalia se o ex-mandatário cometeu abuso de poder político ao organizar uma reunião no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros para desferir ataques contra o sistema eleitoral brasileiro.

Juridicamente, a estratégia será reforçar o que chamam de desproporção entre a infração cometida e a pena. Bolsonaro já foi multado em R$ 20 mil em setembro de 2022 por propaganda antecipada, ao transmitir a reunião na TV Brasil. Como se trata do mesmo fato de origem, vão argumentar que algo cuja multa foi tão baixa não pode, posteriormente, ser punido com a inelegibilidade.

Além disso, vão tentar ganhar tempo o máximo possível, na esperança de haver um momento político mais favorável. O TSE, no entanto, fez mudanças em seu regimento e, agora, o pedido de vista tem prazo para ser devolvido, o que na prática, reduz as chances de sucesso da estratégia.

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