Citado na delação do ex-PM Élcio Queiroz sobre o assassinato de Marielle Franco, o policial militar Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, aparece no relatório final da CPI da Assembleia do Rio que investigou a ação de milícias no estado, em 2008.
Macalé foi morto em 2021 na zona oeste do Rio e, segundo Queiroz, teria convidado Ronnie Lessa para participar do assassinato da vereadora. Lessa seria o autor dos disparos.
Macalé aparece no item que cita a atuação da milícia na 15ª região administrativa de Madureira. Ele atuaria em Osvaldo Cruz, ao lado de Geison e André Peçanha. Segundo o relatório, a região seria de influência política do então deputado estadual Domingos Brazão —conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio— e do então vereador Chiquinho Brazão, hoje deputado federal pelo União Brasil do Rio de Janeiro.
De acordo com o relatório, o grupo ao qual Macalé pertencia seria formado por civis, policiais civis e policiais militares e teria 14 milicianos. Eles explorariam irregularmente serviços com cobrança de segurança de moradores (de R$ 15 a R$ 20 mensais), comércio (R$ 35) e sinal de TV a cabo (R$ 50), entre outros. Os integrantes usariam pistolas e fuzis.
Os líderes do grupo seriam o sargento PM Marcos Vieira Souza ("Falcon"), na época cedido para polícia civil e que cobraria segurança de moradores na área de Madureira próximo ao Clube Brasil Novo, e PM Janjão, lotado em Sulacap na época.
Apesar da menção, Macalé não foi indiciado pela CPI.
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