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Novo busca mais um congressista para poder ir a debates na eleição municipal

Partido, que encolheu em 2022, precisa ter cinco parlamentares para participar dos eventos no ano que vem

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Porto Alegre

Depois de ver sua bancada no Congresso encolher de 8 para 3 deputados nas eleições de 2022 e não alcançar a cláusula de barreira –o que tira o partido do programa eleitoral e limita o acesso ao fundo partidário– o partido Novo desenhou uma estratégia mais agressiva visando 2030, quando a cláusula exigirá 3% dos votos dos partidos.

A mais urgente é trazer mais um congressista para o partido, visto que é preciso 5 para, em obediência à lei eleitoral, ser convidado aos debates para prefeituras. Além dos 3 deputados, o Novo trouxe o senador cearense Eduardo Girão em fevereiro passado.

O senador cearense Eduardo Girão se transferiu do Podemos para o Novo em 2023. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado - Marcos Oliveira/Agência Senado

A chegada do senador faz parte de outra tarefa do partido visando ressurreição em 2026 e sobrevida em 2030: ampliar sua representação em estados do Nordeste. Além do Ceará, o partido aposta em mais de 30 candidaturas no Maranhão.

Embora o efeito tenha sido sentido em 2022, o presidente do partido, Eduardo Ribeiro, enxerga em 2020 o grande erro estratégico da legenda, quando concorreu em apenas 46 cidades nas eleições municipais, seja ao Executivo ou ao Legislativo. Para Ribeiro, a legenda "perdeu o timing" depois do bom desempenho em 2018 e a chance de ter capilaridade Brasil afora.

Em 2024, a estratégia é lançar candidaturas para vereador ou prefeito "em qualquer lugar em que haja interesse". O partido projeta ter candidatos em 300 a 400 municípios.

Outras três mudanças de estratégia devem deixar o partido mais pragmático: haverá menos restrições a coligações, mais prospecção de nomes de outros partidos –inclusive de prefeitos que concorrerão à reeleição– e menos candidaturas nanicas ao Executivo.

"O tempo de concorrer só para concorrer e marcar posição passou", diz Ribeiro.

Em 2020, o Novo elegeu apenas um prefeito Adriano Silva, de Joinville (SC), mas já "prospectou" os prefeitos de Divinópolis (MG), Patos de Minas (MG) e Ascurra (SC).

Antes refratário ao uso do fundo eleitoral, o Novo também mudou de posição. Ele passou a aplicar os R$ 106 milhões acumulados nos anos em que sobreviveu sem o fundo e gasta os rendimentos, além de receber doações. A capitalização ajudou o partido a contratar pessoal, deixando de depender apenas de militantes voluntários.

Em 2022, 12 legendas ou federações alcançaram a cláusula de barreira de 2% dos votos. O Novo projeta que até 2030 sobreviverão entre 7 e 9 legendas.

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