Para destravar a reforma tributária no Senado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) sugere promulgar inicialmente pontos comuns, como a criação do novo IVA (Imposto sobre Valor Adicional), e votar após uma discussão mais aprofundada itens com maior resistência.
No Senado, o relator, Eduardo Braga (MDB-AM), pretende votar o parecer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na primeira semana de outubro. Antes, ele quer ouvir representantes dos setores de serviços, indústria, agronegócio, cooperativismo, estados e municípios.
Renan diz que as divergências em torno de outros pontos da reforma, como a alíquota menor para determinados bens e serviços e o conselho federativo, podem ser discutidos com mais calma sem prejudicar os pontos comuns —ele, por exemplo, diz ser contra qualquer mudança que distorça o critério de igualdade entre os entes federados.
"Defendo que sejam promulgados de uma vez os pontos em que há acordo entre as duas Casas e o restante seja discutido de forma separada. Digo isso tendo em vista o que aconteceu com o arcabouço, em que mesmo os pontos acabam virando objeto de pressão", afirmou o senador.
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