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Tarcísio corta orçamento de câmeras corporais da PM

Governo remanejou nesta sexta-feira R$ 11 milhões de programa para outros fins

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São Paulo

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez mais um corte na verba para o programa de câmeras corporais da Polícia Militar.

O Diário Oficial desta sexta-feira (18) informa que R$ 11 milhões voltados ao programa foram remanejados para ações de polícia ostensiva e diárias da PM.

Câmera corporal na farda de policial militar de São Paulo
Câmera corporal na farda de policial militar de São Paulo - Bruno Santos/ Folhapress

Um levantamento da federação PT, PCdoB e PV na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) mostra que dotação já foi reduzida de R$ 152 milhões para R$ 136 milhões.

Até o momento, o governo executou apenas R$ 45 milhões do valor previsto para o ano com este fim.

O coronel Pedro Luís Souza Lopes, chefe da assessoria da PM da SSP (Secretaria de Segurança Pública), afirmou que não há cortes no recurso reservado às câmeras e, sim, um remanejamento de emergência para honrar os gastos extras com as diárias especiais de policiais.

Segundo ele, os três contratos de câmeras serão pagos na íntegra pelo governo dentro dos seus respectivos vencimentos, até o final do ano.

"Houve um acréscimo no pagamento de diárias com déficit do efetivo. Foram remanejados R$ 40 milhões [para pagamento diárias], sendo R$ 20 milhões do programa das câmeras e que, depois, faremos a suplementação", disse Lopes.

"A recomendação da Secretaria da Fazenda é que, nesses casos, esgote o recurso em caixa para que depois faça a suplementação", completou o coronel.

Na campanha, Tarcísio chegou a prometer acabar com as câmeras. Questionado devido a dados que mostravam a redução da letalidade policial e também da morte de agentes, ele recuou.

Agora, porém, ele voltou a ser pressionado pela base bolsonarista a acabar com as câmeras, após a morte de um agente da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), no Guarujá (Baixada Santista).

A oposição, formada por partidos de esquerda como PT e PSOL, resiste ao que vê como sucateamento do programa por Tarcísio.

Após o episódio no litoral, a polícia matou 16 pessoas em supostos confrontos. Porém, a maioria dos casos não foi registrado pelas câmeras e há relatos de execuções.

Imagens enviadas ao Ministério Público de São Paulo mostram registros de confrontos com criminosos em apenas 3 dos 16 casos na Operação Escudo.

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