O governo estuda montar um grupo de trabalho para identificar a fonte de vazamentos de dados do cadastro de aposentados, em resposta às frequentes reclamações que chegam principalmente sobre oferta de empréstimos consignados não solicitados.
O pedido é encabeçado pelo ministro Carlos Lupi (Previdência), cuja pasta recebe diariamente reclamações de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que dizem ser assediados por instituições financeiras oferecendo crédito sem que eles tenham fornecido seus dados.
No segundo trimestre, a oferta ou prestação de informação sobre crédito consignado de forma inadequada foi a sexta principal reclamação frequente junto ao Banco Central —foram 718.
Dados vazados do INSS são vendidos na internet em páginas que cobram mensalidade para que o usuário tenha acesso às informações, como já mostrou a Folha. O assunto já foi tema de uma investigação da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre as práticas de bancos para a oferta de crédito consignado a aposentados.
Ao mesmo tempo, o ministério de Carlos Lupi reclama da dificuldade de ter acesso aos dados para avisar a segurados com perícia médica marcada que eles podem usar a ferramenta Atestmed, análise documental mais rápida.
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