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Descrição de chapéu Congresso Nacional

Novo reforça apelo junto ao eleitorado conservador ao filiar Deltan

Entrada de ex-procurador é parte de reposicionamento do partido

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Anunciada neste sábado (30), a filiação do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (PR) ao Novo é parte de um reposicionamento de marca da legenda, que busca superar uma crise política e eleitoral vivida nos últimos anos.

O ex-deputado Deltan Dallagnol durante filiação ao Partido Novo
O ex-deputado Deltan Dallagnol durante filiação ao Partido Novo - Divulgação

O ex-procurador da Lava Jato, que teve o mandato cassado em maio, foi a estrela do encontro nacional do Novo, realizado em São Paulo. Foi anunciado como um astro de rock em um auditório lotado, e depois posou para selfies para centenas de fãs, que formaram uma longa fila.

Com a chegada de Deltan, o Novo quer se tornar uma legenda com um viés mais conservador, embora não abandone as pautas do liberalismo econômico que estiveram na sua origem. Uma inspiração é o Partido Republicanos dos EUA, que abriga desde libertários até o populismo trumpista.

"Decidi não desistir do Brasil após minha cassação, e a maneira para persistir é me juntar ao Novo", disse Deltan. "Nossa luta é contra os que falam de amor, mas praticam o ódio", afirmou, em referência ao atual governo Lula.

Ele ocupará um novo cargo de "embaixador" da legenda, ajudando na formação de novos quadros.

Num telão, foi exibido o famoso Power Point apresentado por Deltan numa das fases da Lava Jato, com círculos ligando acusações de corrupção ao hoje presidente Lula. Também foi feita uma paródia, com temas como "liberdade de expressão" e "corte de impostos" sendo ligadas ao Novo.

O "rebranding" da legenda incluiu uma série de pesquisas sobre a marca do partido, cujos destaques foram apresentados no encontro, que reuniu 1.500 pessoas.

"Quando o Novo foi fundado, vivíamos uma crise econômica muito forte. Mas desde então nós retroagimos muito em matéria de direitos civis. É um novo momento", disse o presidente do partido, Eduardo Ribeiro. Ele diz que a legenda tem atraído novos filiados nos últimos meses em ritmo superior ao de anos passados.

Faz parte das pautas atuais do partido uma crítica intensa à atuação do STF, acusado em diversas falas de estar interferindo em competências do Legislativo.

Recém-filiado ao partido, o senador Eduardo Girão (CE) pediu "um não aos abusos do STF". Em consonância com o novo viés da legenda, ele fez um discurso crítico à descriminalização do aborto, que está em pauta na corte.

Também presente ao encontro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ouviu coros de "presidente" na plateia. Cauteloso, ele pediu aos militantes que não tratem agora da eleição presidencial. "O foco agora é em 2024. Sobre 2026 nós vamos tratar lá na frente, combinado?".

O partido apresentou-se no evento como claramente de oposição, e militantes entoaram um coro de "Lula ladrão, seu lugar é na prisão". Zema, no entanto, permaneceu em silêncio nesse momento.

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