Há quase três meses travada no Senado, a indicação de Igor Roque para chefiar a Defensoria Pública da União só deve ser levada a plenário junto com a do escolhido pelo presidente Lula (PT) à PGR (Procuradoria-Geral da República), em novela sem data para terminar.
Roque foi indicado por Lula em 19 de maio para comandar a DPU. O nome dele foi aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado em 11 de julho e aguarda ratificação pelo plenário desde então. O cargo está vago desde janeiro.
O Senado chegou a ensaiar votar o nome de Roque, mas falta de quórum provocada pela resistência da oposição impediu que a votação fosse concretizada.
A decisão de votar junto com o indicado de Lula à PGR —nome que só deve sair depois da cirurgia à qual o presidente se submeterá nesta sexta (29)— também é uma forma de o Senado passar recado a Lula. O nome de Roque não era o preferido dos senadores. Ele também ficou em segundo lugar na lista tríplice.
Roque atuou na defesa de Danilo Marques, um dos presos na operação Spoofing, mais conhecida como Vaza Jato. O indicado para a DPU afirmou ainda que a Defensoria não fará corpo mole ao representar acusados do 8 de Janeiro.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.