Poucos dias depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) encaminhar ao presidente Lula (PT) uma lista tríplice de mulheres para vaga de ministra substituta do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), voltou a circular em grupos petistas um vídeo em que Marilda Silveira, uma das indicadas, defende a impugnação da candidatura de Lula em 2018.
Cabe ao presidente escolher dentre as três o nome que substituirá Maria Claudia Bucchianeri, que deixou o tribunal no início de agosto.
O vídeo traz o pedido feito pelo partido Novo da impugnação do registro de candidatura de Lula em 2018 —ele foi alvo de 16 contestações de adversários e da Procuradoria-Geral Eleitoral.
A advogada afirmou que a Constituição vedava que candidatos com impedimentos legais anteriores ao registro da candidatura participassem do processo eleitoral. "No dia de registro de candidatura o candidato possuía uma inelegibilidade flagrante, que era condenação criminal por órgão colegiado", afirmou.
Ela também citou a intenção manifestada por Lula de se valer de uma decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU que indicava que o atual presidente poderia concorrer até que a Justiça julgasse todos os recursos de sua condenação criminal.
"Com todo respeito ao candidato e a vossas excelências, livre no Brasil tem que ser a escolha do eleitor. Mas essa liberdade só será real quando, de uma vez por todas, a gente eliminar a profissionalização da história mal contada. E é exatamente o que acontece aqui. É por essas razões que o partido Novo pede o indeferimento do registro de candidatura", concluiu.
Silveira é próxima do ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e já compôs outras listas tríplices para ministra-substituta. Na última, Lula acabou escolhendo Edilene Lôbo, a primeira negra a ocupar o cargo.
Em abril, o grupo jurídico Prerrogativas torpedeou a nomeação dela como assessora de Dino, justamente por seu histórico de trabalhar em ações contra Lula. Em 2016, a advogada assinou mandado de segurança contra a posse do hoje presidente como chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff.
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