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PSOL aciona Justiça contra determinação de Tarcísio para que diretores observem professores

Ação afirma que portaria estadual ataca a liberdade de cátedra dos docentes

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São Paulo

A deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi (SP) e o vereador Celso Giannazi protocolaram uma ação popular contra a portaria do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) que determina que diretores das escolas estaduais paulistas devem, a partir deste semestre, assistir semanalmente a pelo menos duas aulas dos professores.

Os diretores também terão que produzir um relatório a partir do que observarem das práticas pedagógicas dos professores e encaminhar para a diretoria de ensino da região.

A portaria não explica o que as diretorias de ensino farão com os relatórios —se elas vão analisar as observações feitas a cada professor ou se haverá algum tipo de penalização para quem não receber bons comentários da direção.

Renato Feder, secretário de educação do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Renato Feder, secretário de educação do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) - Mathilde Missioneiro - 03.jan.2023/Folhapress

Na ação, os psolistas afirmam que a portaria ataca a liberdade de cátedra e pode afetar a liberdade dos professores.

‘’Ao obrigar por portaria que diretores escolares e coordenadores de gestão Pedagógica 'observem' e escrevam relatórios das aulas dos docentes, ocorre o verdadeiro 'vigiar e punir' da educação, isto é, a vigilância constante dos professores sobre o que lecionam ou deixam de lecionar em sala de aula’’, diz peça assinada pelos deputados e o vereador.

A ação também argumenta que não está no escopo da Secretaria da Coordenadoria Pedagógica estabelecer funções para diretores escolares e que, dessa forma, o ato deveria ser instituído por lei e não por portaria.

A portaria foi assinada por Renato Dias, que foi exonerado da Coped (Coordenação Pedagógica) da Secretaria do Estado da Educação na quarta-feira (6). A saída do cargo aconteceu após a crise gerada por erros em material didático digital.

Em nota, a Secretaria da Educação, comandada por Renato Feder, disse na época que a medida tem como objetivo "fortalecer o protagonismo e autonomia do educador em sala de aula". A pasta também não explicou o que será feito com os relatórios.

Professores e diretores da rede estadual dizem que a nova determinação pode criar um clima de vigilância dentro das escolas, além de sobrecarregar a direção com mais atribuições.

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