Um grupo de intelectuais de diversos países divulgou na última quarta-feira (18) um manifesto em defesa da liberdade de expressão e contra o que classificam como censura que vem sendo praticada pelo mundo.
Um dos exemplos citados no texto é a "criminalização do discurso político" pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro.
Os signatários incluem acadêmicos da direita à esquerda. Entre eles estão os jornalistas Julian Assange, Glenn Greenwald e Bari Weiss, a ativista de direitos humanos Ayaan Hirsi Ali, o cineasta Oliver Stone, o ator Tim Robbins, o biólogo Richard Dawkins, o humorista John Cleese, o psicólogo e linguista Steve Pinker e o filósofo Slavoj Zizek.
Do Brasil há três signatários: o jornalista Leandro Narloch, a comentarista Ana Paula Henkel e o biólogo Eli Vieira.
O documento foi organizado pelo escritor americano Michael Shellenberger. Em junho, ele organizou uma reunião em Londres com diversos dos apoiadores do manifesto, que foi batizado de "Declaração de Westminster".
O texto "faz um alerta a respeito do aumento da censura internacional, que ameaça corroer normas democráticas centenárias".
"Estamos profundamente preocupados com as tentativas de rotular a expressão protegida como ‘desinformação’ e outros termos mal definidos", afirma o documento, que aponta a existência de um "Complexo Industrial da Censura", formado por instituições de Estado e agentes da sociedade.
"Esse abuso resultou na censura de pessoas comuns, jornalistas e dissidentes em países de todo o mundo", diz o texto.
Os autores apontam filtragem de visibilidade de textos, aplicação de rótulos e manipulação de resultados de mecanismos de busca como ferramentas para a censura. E defendem a liberdade de expressão como "nossa melhor defesa contra a desinformação".
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