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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Mauro Cid usa como referência assessor de Lula em trabalho sobre Oriente Médio

Ex-auxiliar de Bolsonaro menciona Celso Amorim oito vezes em tese de doutorado, de 2018

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Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid usou o ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor internacional da Presidência, como referência em sua tese de doutorado sobre emprego de tropas brasileiras em missões de paz da ONU no Oriente Médio.

Amorim tem oito textos ou discursos citados como referência no trabalho do ex-auxiliar de ordens de Bolsonaro, apresentado em 2018 em curso da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

Um dos trechos diz respeito à invasão do Iraque por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos em 2003, em ação que não teve o aval o Conselho de Segurança da ONU e que foi condenada pelo governo Lula.

Mauro Cid, ex-auxiliar de ordens de Bolsonaro, usa assessor de Lula como referência em tese
Mauro Cid, ex-auxiliar de ordens de Bolsonaro, usa assessor de Lula como referência em tese - Reuters

"O Brasil condenou a invasão, mantendo coerência com suas posições de não intervenção internacional", escreve Cid, que foi preso por acusação de fraudar o cartão de vacinação de Bolsonaro e libertado após aceitar fazer delação premiada.

"O fato de ter condenado a invasão foi um fator importante para que o Brasil pudesse reforçar os laços de confiança com os países árabes", argumenta.

A seguir, ele cita trecho do livro "Breves Narrativas Diplomáticas", de 2013, no qual o ex-chanceler escreve que "com a atitude que tomou sobre a crise do Iraque, a política externa do governo Lula disse a que veio".

O tenente-coronel fala também sobre a Conferência de Anápolis (EUA), de 2007, que buscou ajudar no processo de paz entre israelenses e palestinos.

Nesse contexto, o discurso de Amorim sobre Territórios Ocupados é mencionado, assim como declaração de que "o Brasil estava preparado para aumentar de modo significativo sua cooperação econômica e técnica para reconstrução da Palestina."

Em outra parte da tese, Cid faz referência a Amorim em sua visão sobre dois objetivos da estratégia brasileira no Oriente Médio. Uma delas estaria ligada ao potencial econômico e político de Síria, Líbia e Irã.

"O segundo objetivo da estratégia brasileira está relacionado com uma visão do presidente Lula e do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, no sentido de que os interesses nacionais coincidem com os da busca de diminuição do unilateralismo nas relações internacionais", escreveu.

Em suas considerações finais, o texto também defende que a "maior inserção no cenário internacional, por meio do fortalecimento do multilateralismo e da participação do Brasil em Operações de Paz, deve favorecer o desenvolvimento nacional e influenciar a vida do cidadão brasileiro."

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