O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), assinou contrato de R$ 6,8 milhões para que a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) elabore um novo plano municipal de desestatizações e estabeleça uma metodologia de acompanhamento de concessões e privatizações já realizadas.
Segundo apurou o Painel, a gestão do emedebista avalia retomar projetos de parcerias com o setor privado para manutenção dos piscinões e recapeamento planejado das vias.
Uma ideia seria construir lajes em que empreendimentos comerciais poderiam ser instalados e explorados em cima dos piscinões.
O contrato com a Fipe foi assinado em agosto, com duração prevista de 18 meses.
Desde a gestão João Doria (2017-2018), passando por Bruno Covas (PSDB, 2018-2021) e Nunes, a Prefeitura de São Paulo tem passado diversos equipamentos públicos para a iniciativa privada. Nesse período, os mais emblemáticos foram o estádio do Pacaembu, parques (especialmente o do Ibirapuera), mercados (com destaque para o Mercadão) e cemitérios.
Desde que as concessionárias assumiram a administração dos 22 cemitérios e do crematório da capital, em março, a área se tornou crítica para Nunes, com aumento de preços nos serviços e queixas de ausência de manutenção, lixo acumulado e falta de segurança.
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município têm estudado propor à Prefeitura de São Paulo a revogação dos contratos de concessão, caso os problemas persistam.
Além de sugerir novas desestatizações e propor fórmulas de acompanhamento de concessões e privatizações em vigor, a Fipe também deverá apresentar um diagnóstico dos chamados "projetos estratégicos" da gestão Nunes.
Esses projetos envolvem zeladoria, população em situação de rua e emissão de alvarás e licenciamentos, segundo destacado pela gestão do emedebista.
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