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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Zema diz que redução de gasto na Saúde proposta por Lula desestabiliza o setor e atinge prefeituras

Governador de Minas, possível candidato a presidente em 2026, cobra corte de gastos não essenciais

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), diz que a intenção do governo Lula (PT) de descumprir os percentuais mínimos de investimento em saúde pode desestabilizar o funcionamento do setor e aumentar o aperto sobre estados e municípios.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, em evento do Lide no mês passado - Rubens Cavallari/Folhapress

"O que estamos vendo com essa ação do governo federal é algo que pode desestabilizar o funcionamento de tudo isso que avançou nos últimos anos não só em Minas, mas também em outros estados", afirma Zema ao Painel.

Um dos principais nomes da oposição a Lula e apontado como possível candidato a presidente em 2026, Zema diz que prefeitos e governadores já estão "com a corda no pescoço" após a redução da receita de ICMS no ano passado, e que sofrerão as maiores consequências do corte nos investimentos em saúde.

"Os maiores impactados infelizmente vão ser os mais carentes, os que dependem da saúde pública. Isso é quase trágico, sacrificar quem já teve uma redução nas receitas muito expressiva", declarou.

O governo Lula enviou projeto ao Congresso pedindo autorização para gastar menos com a saúde neste ano. A justificativa é o fim do teto de gastos, que reviveu os limites mínimos constitucionais de gastos com a saúde, o que pressionaria o Orçamento.

Nesta quarta (4), o projeto foi aprovado e encaminhado à sanção do presidente. A redução nos gastos é estimada em quase R$ 20 bilhões.

Segundo Zema, em vez de um corte deste tamanho na saúde, é necessário reduzir despesas não essenciais.

"Eu entendo a dificuldade dos ministérios da Saúde e do Planejamento para poder organizar as contas do governo federal. Mas a gente tem que fazer o ajuste pelo lado de cortar despesas desnecessárias, e não um corte de R$ 20 bilhões na Saúde", afirma.

O governador acrescenta que, mesmo com as dificuldades financeiras que enfrentou com as contas do estado ao assumir em 2019, honrou os percentuais para a área.

"Em Minas assumi o estado numa crise fiscal gigantesca. Mesmo com sacrifício aqui nós temos honrado o que a Constituição determina para ser investido na saúde", declara.

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